Investidores individuais pretendem aumentar valor dos aportes em startups em 2022
Pesquisa revela que 46,2% destinarão entre R$ 11 mil e R$ 100 mil para alavancar desenvolvimento de empresas emergentes
22 MAR 2022 • POR Redação Spacemoney • 17h59Após um período de aparente experimentação, o investidor individual brasileiro parece estar disposto a ampliar os riscos em 2022 para obter ganhos ainda maiores com o desenvolvimento de startups.
Essa é uma das principais conclusões da pesquisa feita pela Efund Investimentos, plataforma que opera na modalidade de Equity Crowdfunding.
O estudo, feito junto a 360 pessoas presentes na base de contatos da empresa, revelou que 46,2% dos entrevistados pretendem realizar aportes entre R$ 11 mil e R$ 100 mil neste tipo de empreendimento nos próximos 12 meses.
Ao serem perguntados sobre os valores que destinaram a este tipo de operação nos 12 meses anteriores, a maior parte das respostas (31,6%) indicou um patamar de até R$ 10 mil.
O sócio fundador da Efund, Igor Romeiro, afirma que mesmo em um cenário desafiador para o investidor, como o que teremos em 2022, com eleição, aumento das taxas de juros e inflação, que convida para os investimentos em renda fixa, as startups reúnem características muito atrativas ao público que procura a diversificação de seus investimentos em alternativas nas quais os riscos correspondam, proporcionalmente, aos ganhos.
“As notícias sobre a consolidação de um número cada vez maior de ‘unicórnios’ no ambiente de inovação brasileiro colaboram para aumentar o apetite pelas startups neste momento”, afirma.
As preferidasA pesquisa da Efund detectou que as startups preferidas pelos investidores são as que têm seu modelo de negócios baseado em plataformas de Software as a Service (SaaS) , ou softwares como serviço, que receberam 40% dos votos.
Em segundo lugar ficaram as empresas que funcionam por meio de aplicativos mobile, com 20%; seguidas de marketplaces e sistemas de assinatura, ambas com 12% cada. Já entre os segmentos econômicos, as fintechs e helthtechs lideram as preferências, com 13,5% cada, seguidas de edutechs (11,5%) e agrotechs (10,6%).
Para o cofundador da Efund, Alcides Jarreta, o ecossistema de startups brasileiro e os investimentos no setor estão somente engatinhando em relação a mercados mais desenvolvidos como EUA, Europa e Israel.
“A pesquisa só reforça a percepção de que ainda há muito espaço para crescer no Brasil. Neste sentido, a modalidade Equity Crowdfunding tem se revelado um instrumento impulsionador. Com as novidades que estão por vir, como o mercado secundário e a flexibilização da CVM com relação ao teto de investimentos, ela estará cada vez mais pronta para se difundir entre toda a população”, conclui.