Confiança dos empresários cai 1,8 ponto em dezembro, diz FGV
Na média do período entre outubro e dezembro, o índice recuou 3,9 pontos em relação ao intervalo entre julho e setembro, após dois trimestres em alta
30 DEZ 2021 • POR Redação SpaceMoney • 08h18O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 1,8 ponto em dezembro, para 95,2 pontos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foram divulgados nesta quinta-feira (30).
Na média do período entre outubro e dezembro, o índice recuou 3,9 pontos em relação ao intervalo entre julho e setembro, após dois trimestres em alta.
“A queda em dezembro da confiança empresarial confirma o cenário de desaceleração no último trimestre do ano. O resultado negativo desse mês foi disseminado entre os setores e também ocorreu tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas. A virada para o próximo ano se mostra mais desafiadora principalmente pelo ambiente macroeconômico mais frágil. Os efeitos negativos da pandemia estão, por ora, saindo do radar, mas a inflação elevada, o ciclo de alta de juros e a recuperação gradual do mercado de trabalho passam a ser os maiores obstáculos do momento e para os próximos meses”, avalia Rodolpho Tobler, Economista do FGV IBRE.
Pelo segundo mês consecutivo, a queda da confiança empresarial foi influenciada por uma piora não apenas na avaliação sobre a situação atual quanto das expectativas.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,2 ponto, para 95,8 pontos, menor nível desde maio (93,8 pontos) e o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 1,4 ponto, para 94,4 pontos, menor valor desde abril (92,3 pontos) e inferior ao ISA-E.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A confiança da Indústria, Comércio e Serviços recuou em dezembro, influenciada tanto pela piora da percepção das empresas sobre o momento quanto das perspectivas para os próximos meses.
Com a maior queda entre os setores, a confiança do comércio continua se distanciando, agora em 14,1 pts., do nível de neutralidade (100 ptos).
Apenas a confiança da Construção registrou alta no último mês de 2021.