Renda, gastos, sentimento do consumidor, balança comercial: 4 assuntos para observar na sexta-feira
Departamento de Comércio revisou crescimento do segundo trimestre para um pouco acima da medição anterior
30 SET 2021 • POR Investing.com • 19h20Por Dhirendra Tripathi e Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - As ações dos EUA encerraram setembro com um baque apesar de um acordo em Washington que evita uma parada do governo federal.
O S&P 500 voltou a cair e quebrou uma sequência de sete meses de ganhos, com investidores preocupados com tudo, desde a inflação até o efeito duradouro da pandemia sobre o emprego e a confiança.
Apesar disso, o Departamento de Comércio revisou o crescimento do segundo trimestre para um pouco acima da medição anterior.
As taxas em alta abalaram o voo das ações de tecnologia, enquanto investidores as abandonam em favor das ações de crescimento. Segundo a Reuters, excluindo a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34), as ações FAANG, sensíveis às taxas, perderam um valor combinado de US$ 415 bilhões este mês. A Netflix avançou 8% no mês.
As varejistas, que enfrentam gargalos na cadeia de suprimentos, continuam a ser objeto de análise. O setor inteiro foi afetado não só por fechamentos em função da pandemia, mas por dificuldades em conseguir posicionar os produtos nas prateleiras e em armazéns.
As ações da Kohl's Corp (NYSE:KSS) (SA:K1SS34) despencaram 14% na quinta-feira depois que Lorena Hutchinson, analista do BofA, rebaixou a classificação da ação em dois níveis devido a problemas de cadeia de suprimento. Hutchinson salientou que as principais marcas ativas da varejista, como Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34), Under Armour (NYSE:UAA) (SA:U1AI34) e Adidas (OTC:ADDYY) estão enfrentando problemas relacionados com a cadeia de fornecimento. Ela disse que o fluxo de produtos continua lento e advertiu os investidores para se prepararem para um segundo semestre difícil.
O Brasil seguiu a tendência externa e o Ibovespa fechou em baixa, encerrando o terceiro mês negativo consecutivo.
Aqui estão quatro coisas que podem afetar os mercados na próxima sexta-feira (1º):
1. Balança comercialEm dia de agenda econômica reduzida no país, o mercado brasileiro estará de olho no resultado da balança comercial de setembro. A expectativa é que o saldo seja de US$ 4,5 bilhões, ante US$ 7,7 bilhões no mês anterior. Uma leitura acima do esperado tende a ser positiva para o real, que fechou na quinta o pior trimestre desde o início da pandemia.
2. Renda pessoalEspera-se que a renda pessoal dos EUA tenha crescido em um ritmo mais lento em agosto comparado a julho. De acordo com as estimativas acompanhadas pelo Investing.com, deve-se observar um crescimento de 0,3% em agosto, em comparação com o aumento de 1,1% registrado no mês anterior.
3. Gastos pessoaisO ritmo de crescimento dos gastos pessoais nos EUA deve ter acelerado para 0,6% em agosto, em relação aos 0,3% de julho. Os dois números saem às 09h30.
4. Sentimento do consumidorO sentimento do consumidor nos EUA deve ter permanecido inalterado em setembro, próximo do menor nível em uma década. Os dados da Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor serão divulgados na sexta-feira às 11h, e provavelmente irão cravar o número do índice em 71, o mesmo de agosto.