Veja o que disseram os analistas

XP vê possível fusão da BRF e Marfrig como positiva

Para a corretora, a maioria das sinergias se restringe à frente comercial

24 MAI 2021 • POR • 15h10
Divulgação

Uma possível fusão entre a BRF e Marfrig ainda não aconteceu, mas os rumores correm pelos corredores do mercado. O assunto ficou ainda mais em cena com a compra de cerca de 24% do capital da BRF pela Marfrig, por aproximadamente US$ 1 bilhão, que aconteceu após o fechamento do mercado na última sexta-feira (21).

A XP Investimentos disse, em relatório divulgado no dia 21, que enxerga essa possível fusão como positiva. O principal motivo, segundo os analistas, está relacionado à diversificação nas proteínas animais e entre “geografias”. Para a corretora, isso diminuiria a percepção de risco da empresa resultante da união.

“Existem sinergias entre as operações também, mas a maioria delas se restringe à frente comercial. O maior desafio, entretanto, seria a aderência cultural entre as empresas, na nossa visão”, disseram.

O que esperar da "nova empresa"

Os analistas ponderaram, no documento, sobre alguns pontos acerca da nova empresa resultante da fusão. Para eles, a companhia teria “zero sobreposição” na produção de proteína animal. Isso porque a Marfrig tem foco total em carne bovina, enquanto a BRF trabalha apenas com carne de frango (70-80% da receita) e carne suína (20-30%).

Outro ponto destacado foi a pouca sobreposição geográfica da nova empresa. Segundo o texto, as operações da Marfrig são divididas entre América do Norte (80% da receita) e América do Sul (20%), com operações no Brasil, Uruguai e Argentina, enquanto a BRF está mais focada no Brasil (82%, excluindo apenas a operação Halal DDP).

Por fim, os analistas disseram que o negócio teria “sinergias comerciais valiosas”. De acordo com o relatório, a fusão seria um benéfico ao portfólio de ambas as empresas na frente comercial: enquanto a BRF é forte no varejo, a Marfrig está focada no food service, canais que, segundo os analistas, crescem rapidamente nos mercados emergentes.

“Um portfólio mais diversificado daria maior poder de precificação e colocaria a nova empresa em uma posição melhor para aumentar a participação no mercado”, afirmaram.
 

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