IRB Brasil: AM Best remove status de "sob revisão com implicações negativas"

Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - A agência de classificação de riscos AM Best removeu o status do IRB Brasil (SA:IRBR3) de “sob revisão com implicações negativas” e reafirmou o Rating de Solidez Financeira A- (Excelente) e Rating de Crédito de Emissor de Longo Prazo “a-”, com perspectiva negativa. As informações são de comunicado à imprensa da última terça-feira (8).

O papel da companhia era negociado em forte queda de 3,72%, a R$ 7,25, por volta das 18h desta quarta-feira. Desde a abertura, a máxima registrada foi de R$ 7,72 e a mínima, de R$ 7,19, com R$ 434,5 milhões em volume negociado. Também no vermelho, o Ibovespa operava em baixa de 0,78%, aos 112.902 pontos.

As classificações, segundo a agência, refletem a solidez do balanço patrimonial da companhia. Além disso, o comunicado afirma que o desempenho operacional da empresa em uma média de cinco anos é favorável em comparação com seus pares, e que mudanças estratégicas em curso têm potencial de reduzir a volatilidade operacional e restaurar a lucratividade.

As perspectivas negativas, no entanto, “refletem as preocupações da AM Best com relação à pressão contínua sobre o desempenho operacional e a lucratividade da companhia, bem como a solidez do balanço patrimonial no médio prazo”, diz o comunicado. A agência aponta também que o IRB segue sob inspeção regulatória especial pela Superintendência de Seguros Privados.

Nesse sentido, a AM Best ressalta que há potencial de ação negativa do rating em caso de deterioração material da solidez do balanço patrimonial ou do desempenho operacional.

O CEO e presidente do Conselho de Administração do IRB, Antonio Cassio dos Santos, afirmou em comunicado à imprensa que “a ratificação do rating em A- e retirada pela AM Best do conceito ‘sob revisão’ dá a tranquilidade necessária à administração para seguir no processo de estabilização e atingimento do novo normal da empresa, além de ratificar a robustez e solidez do IRB, fato preponderante às renovações de contratos globais no primeiro semestre de 2021".