Ouro esfria e Wall Street esquenta após payroll nos Estados Unidos

8 MAI 2020 • POR Investing.com • 18h05

Por Barani Krishnan

Investing.com - Mesmo os piores números de empregos nos EUA na história não resultaram em uma grande busca de refúgio no ouro.

Otimismo de que a maior economia do mundo se recuperará do golpe sem precedentes causado pelo coronavírus foi o que sustentou Wall Street.

O aumento do apetite ao risco para ações levou o ouro e o porto-seguro dólar para baixo, apesar dos alertas ameaçadores de que o horrível número do payroll (relatório de folhas de pagamento não-agrícolas) de abril não será último e de que a economia dos EUA ficará ainda pior no segundo trimestre.

O apoio prometido pelos chineses à Fase 1 de seu acordo comercial com os EUA também reforçou o sentimento positivo em Wall Street.

A comunicação de sexta-feira por funcionários do comércio em Pequim a seus colegas em Washington foi a primeira desde que o acordo foi ratificado em janeiro, e vem depois de o país ser acusado pelo governo Trump recentemente por como lidou com o coronavírus, incluindo supostamente o ter criado em um laboratório.

Os futuros de ouro para junho caíam US$ 17,20, ou 1%, para US$ 1.708,60 por onça, enquanto os índices Dow, S&P 500 e Nasdaq de Wall Street subiam mais de 1% cada um, apostando na reabertura de negócios nos EUA após os bloqueios forçados pela Covid-19.

Apesar da queda no dia, os contratos futuros de ouro para junho subiram 0,4% na semana.

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O ouro spot, que acompanha transações à vista em barras de ouro, caía US$ 10,86, ou 0,6%, para US$ 1.705,73 às 17h10 (horário de Brasília).

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, falando à Fox Business, disse que não tinha certeza se a previsão para os empregos no segundo trimestre "é tão ruim quanto poderia ser".

"Eu não acho que essa contração pandêmica ainda tenha ocorrido completamente", disse Kudlow.

A economia americana impulsionada pelo consumidor encolheu 4,8% no primeiro trimestre. Embora esse já tenha sido o declínio mais acentuado em um trimestre desde a crise financeira de 2008/09, os economistas preveem que o trimestre atual será pior, pois é improvável que a economia agora reaberta mostre muita recuperação até o período de julho a setembro.