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Cortar ou não a pizza, eis a questão

27 AGO 2020 • POR Juliana Chini • 20h24

Conforme o pôr do sol se aproximava, o céu ficava com um esplendor de cores, como se realizasse um convite para admirá-lo nas calçadas de Piracicaba. Enquanto o calor do dia começava a se apaziguar, os bares universitários da tradicional Av. Carlos Botelho, carinhosamente apelidada de B.O., colocavam suas mesas, cadeiras e banners com a promoção do dia, enquanto os estudantes começavam a reunir após um dia lotado de aulas, provas e estágios.

"Hoje o litrão está R$3,59", disse uma amiga enquanto eu desviava o olhar do bar na tentativa em vão de ir para a academia. “E é double até as 20h!”

“Tudo bem, vamos parar para tomar só dois”, respondi.

“Claro, só dois”.

Eu conto ou vocês contam?

Conforme eu estudava nos livros sobre o que é inflação, políticas e crises inflacionárias e como o Banco Central tentava contê-la, assistia a meu poder de compra para entretenimento diminuindo e a fatia de pizza desse tipo de gasto aumentando conforme visualizava no gráfico do aplicativo.

Como comentei, não podia cortar os custos fixos relacionados à moradia; e, depois de organizar aqueles desnecessários com bancos e tarifas bancárias, chegou o momento do lazer.

Assim, começa um dos grandes dilemas do jovem brasileiro: