Entrevista

"Transparência é fundamental para o desenvolvimento das corretoras", diz Fernando Cardozo, da Guide

13 JUL 2020 • POR Carolina Unzelte • 15h58

A Guide Investimentos, controlada pela chinesa Fosun, é uma das maiores plataformas de investimentos do país. Neste mês, um novo marco chega para a corretora: a inauguração do GuideLab, um prédio dedicado à inovação.

A SpaceMoney conversou com o CEO da Guide, Fernando Cardozo, sobre os planos na empresa, o setor financeiro e a indústria de investimentos no Brasil.

O GuideLab não tem apenas uma proposta de novas relações de trabalho, mas uma aproximação com o consumidor final. Como essa iniciativa altera o modelo atual de distribuição e a relação com os investidores?

Muitas vezes, pela falta de conhecimento, achamos que as corretoras são todas iguais, mas existem diferenças enormes. A Guide não é uma plataforma digital, mas uma plataforma tecnológica que busca conectar o online com o offline. Os pilares fundamentais da estratégia são tecnologia, assessoramento e curadoria de produtos. Para prestar um serviço de altíssima qualidade e competir com bancos, há os pilares solidificados. Nascemos como B2B, mas somos B2C também, no sentido de que nos conectarmos com clientes self service, que preferem fazer tudo sozinho. Mas nascemos com o conceito do assessor, que pode ser eletrônico, um robô, um agente autônomo, um funcionário da companhia, e outros parceiros de negócios, como consultores e gestores. 

Temos os nossos assessores, que chamamos de guias, e eles, assim como os funcionários, são o elo de todo o ecossistema. São eles que se conectam a outros guias, com clientes e com a Guide, fazendo chegar as novidades da companhia aos clientes. É toda uma conexão que gira em torno disso. Essa troca é o conceito do novo escritório, mesmo com a matriz na Faria Lima. O GuideLab fica próximo [no bairro do Sumaré], mas preferimos fazer num ambiente descolado, um lugar mais bairro. Vemos o movimento de pessoas indo pro interior, mas não temos isso no nosso projeto. A ideia era que as pessoas trabalhassem mais à vontade, com mais áreas de convivência e integração. Vamos adotar o home office como algo definitivo, mas não obrigatório, para agregar qualidade de vida para as pessoas, além de aumento de produtividade e satisfação. Quer fazer um curso no exterior mas não quer sair da companhia? É possível.

E a ideia é trazer os guias cada vez mais para próximo de nós. Temos atividade de onboarding muito forte, a cada 1 mês ou 45 dias. Alguns agentes que estão conosco há muito tempo passam também por reciclagem. Esses treinamentos serão no novo escritório. O prédio também vai receber novos eventos voltados para a comunidade de tecnologia e clientes.

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