Por Peter Nurse, da Investing.com - Os preços do petróleo subiam nesta terça-feira, estendendo ganhos recentes depois do México sofrer uma queda substancial na produção, limitando um fornecimento em potencial ao mercado global.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília), os futuros do WTI subiam 2,4%, a US$ 67,23 o barril, enquanto os futuros do Brent subiam 2,6%, a US$ 70,12 o barril. Ambos os contratos saltaram mais de 5% na segunda-feira, depois de sofrer a maior perda semanal em mais de nove meses na semana passada.
Os futuros da gasolina RBOB dos EUA subiam 2,4%, negociados a US$ 2,1736 o galão.
A favor do mercado na terça-feira está a confirmação de que um incêndio em uma plataforma offshore no sul do Golfo do México, dirigida pela empresa estatal mexicana, Petroleos Mexicanos (Pemex), interrompeu a produção, reduzindo-a a 444.000 barris por dia, de acordo com um documento da empresa emitido na segunda-feira.
“Isso equivale a cerca de um quarto da produção do México”, afirmaram analistas do ING, em nota. “O objetivo da empresa é restabelecer o fornecimento de energia até quarta-feira, na esperança de que a produção possa ser retomada logo em seguida. Um corte prolongado provavelmente seria favorável ao petróleo pesado, com a produção reduzida pressionando o mercado de petróleo bruto desse teor”.
Isso se soma à notícia positiva de que a Food and Drug Administration dos EUA emitiu a aprovação integral da vacina da Pfizer Inc (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) / BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) contra a Covid, aumentando potencialmente a probabilidade de que americanos não vacinados tomem a vacina e reduzindo a necessidade de restrições adicionais.
Além disso, a China não registrou nenhum caso de contaminação transmitida localmente de acordo com dados recentes, sugerindo o sucesso do maior importador de petróleo do mundo no controle da recente onda de casos de Covid.
O Departamento de Energia dos EUA anunciou na segunda-feira que venderia até 20 milhões de barris de petróleo da reserva de emergência, com entregas esperadas entre 1º de outubro e 15 de dezembro.
No entanto, "a venda planejada ocorre a fim de cumprir a legislação aprovada nos últimos anos, em vez da ação por parte do DOE pela crença de que o mercado dos EUA está pressionado." Acrescentou o ING.
Os investidores agora aguardam os dados de estoques de petróleo dos EUA do American Petroleum Institute, que serão divulgados às 17h30 (horário de Brasília), em meio às expectativas de queda acentuada antes do fim de semana do Dia do Trabalho. O relatório chega um dia antes dos dados semanais de petróleo do governo.