Confusão

O tarifaço de Trump, o palanque de Lula e a dúvida que o investidor não pode ignorar

Entre tensões geopolíticas e decisões políticas, o mercado brasileiro enfrenta nova instabilidade após anúncio de tarifas por Trump e declarações de Lula

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Donald Trump anuncia novas tarifas para produtos brasileiros enquanto mercados reagem com volatilidade à tensão geopolítica entre Brasil e EUA | Crédito: Agência Brasil

A história econômica do Brasil nos ensina algo claro: quando tudo parece melhorar, alguma variável externa nos testa. Essa semana, a variável se chama Trump.

O ex-presidente americano anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. Como resultado, o mercado tremeu. O dólar disparou. A bolsa caiu. E o investidor? Bem, o investidor de verdade agora reflete cuidadosamente.

Não se trata apenas de uma tarifa. Acima de tudo, trata-se de um sinal geopolítico carregado de simbolismo. O Brasil, mais uma vez, protagoniza um enredo que mistura economia, política e ideologia — em proporções que só nosso país entrega.

A sequência dos fatos merece atenção. Primeiro, Lula subiu no palanque dos BRICS e defendeu o abandono do dólar como moeda transacional global. Em seguida, questionou publicamente o poder americano. Logo depois, Trump respondeu com um tarifaço. Não é coincidência. É mensagem. É recado. E é jogada.

O presidente americano sabe que, ao mirar em Lula, atinge diretamente um dos pilares da retórica petista: a narrativa anti-imperialista. Além disso, fortalece indiretamente o discurso de Jair Bolsonaro, que imediatamente se posicionou como possível mediador do conflito. Coincidência? Pode até ser. No entanto, no xadrez político internacional, lances aleatórios raramente existem.

Trump mostrou a vulnerabilidade do mercado brasileiro

O problema — como sempre — não é o fato isolado. É o que ele revela. O Brasil não possui estabilidade suficiente para absorver esse tipo de choque naturalmente. Basta um ruído externo e, como resultado, o capital estrangeiro repensa o risco. Basta uma manchete barulhenta e, em seguida, o investidor local recalcula sua exposição.

Tudo isso acontece num momento em que o cenário global favorece ativos de risco. O mundo demonstra apetite. As bolsas americanas renovam máximas. O minério sobe. O ouro se recupera. O bitcoin ultrapassa 113 mil. Era para o Brasil estar surfando essa maré. Porém, tropeçamos — mais uma vez — no fator político.

Mais do que nunca, o investidor precisa entender: o risco Brasil não é só fiscal. É institucional, cambial e narrativo. O fiscal representa o governo gastador. O cambial reflete a volatilidade do real. E o narrativo? Esse é o mais perigoso, visto que muda de direção a cada manchete.

Muitos apostavam na tese de desinflação, dólar fraco e juros em queda. A realidade, por ora, virou o jogo. O Banco Central provavelmente manterá o juro alto por mais tempo. O dólar voltou para a casa dos 5,60. E o investidor estrangeiro, que apostava no “carry trade” brasileiro, agora pensa duas vezes antes de reforçar posição.

A pergunta que permanece é: qual o tamanho do stop que ainda está por vir? A primeira onda parece contida. O Ibovespa recuou, mas segurou. O dólar caiu hoje, sinalizando um alívio técnico. Mas será que foi só um soluço? Ou, pelo contrário, estamos diante de algo maior?

A importância da diversificação internacional

Esse episódio expõe nossa vulnerabilidade. Além disso, revela o quanto nosso mercado depende de decisões que não controlamos. Isso não é saudável. Isso não é sustentável. Sem dúvida, isso é um alerta.

Por isso, mais do que nunca, o investidor brasileiro precisa olhar para fora. Não como fuga, mas como estratégia. Não se trata de abandonar o Brasil, mas sim de blindar o patrimônio contra as oscilações absurdas que a política e a incerteza impõem.

Eu sempre afirmo: quem investe só no Brasil está jogando o jogo com uma perna só. E quando a perna falha, o tombo se torna inevitável. Diversificar internacionalmente não é luxo. É necessidade, prudência e inteligência.

O mercado americano oferece opções que simplesmente não existem aqui. ETFs com liquidez, alternativas para gerar renda passiva em dólar, setores inteiros fora do nosso alcance. Lá fora, o investidor acessa estratégias — aqui, muitas vezes, apenas esperança.

Se você ainda não opera lá fora, ou se ainda depende apenas da bolsa brasileira para buscar crescimento, renda ou proteção, talvez seja a hora de virar a chave. Afinal, enquanto Brasília polariza, Wall Street entrega.

E se você deseja aprender a construir renda real, diversificação global e independência estratégica, convido você a conhecer a metodologia que ensino no Super ETF. Não se trata apenas de investir no exterior. A fim de proteger seu patrimônio, trata-se de investir com estratégia, com liberdade e com visão de futuro.