sábado, 27 de abril de 2024
Fusões e Aquisições

M&A no Brasil: fusões e aquisições na Região Sudeste registram queda em 2023

Aislan Ariel, sócio-diretor da Ipê Avaliações, explica o que pode ter causado retração

29 fevereiro 2024 - 11h00Por Kadu Soares
Queda nas fusões e aquisições na Região Sudeste em 2023. São Paulo lidera. Análise de especialista da Ipê AvaliaçõesQueda nas fusões e aquisições na Região Sudeste em 2023. São Paulo lidera. Análise de especialista da Ipê Avaliações - Crédito: Freepik

Em 2023, a região Sudeste do Brasil registrou um total de 1.087 fusões e aquisições, uma redução de 20% em relação a 2022, quando foram contabilizadas 1.364 transações.

Esses números recentes representam 72% do total de 1.505 operações ocorridas no Brasil durante o mesmo período. São Paulo se destaca como líder nacional nesse cenário, com 830 transações, representando 55% do total.

Os dados foram divulgados em uma pesquisa conduzida pela consultoria KPMG, que analisou empresas de 43 setores da economia brasileira. Em 2023, os estados que mais registraram operações foram: São Paulo (830), Minas Gerais (133), Rio de Janeiro (98) e Espírito Santo (26).

Para Aislan Ariel, sócio-diretor da Ipê Avaliações, “o processo inflacionário, intensificado como resultado direto da pandemia de Covid, juntamente com o aumento das taxas de juros globais, teve um impacto significativo na desaceleração da atividade econômica”. 

Esses fatores criaram um ambiente de incerteza e instabilidade, levando a uma diminuição da confiança dos investidores

“Como resultado, observamos uma desaceleração nas operações de fusões e aquisições, já que muitas empresas decidiram adiar ou até cancelar tais operações face ao cenário econômico desafiador”, apontou o executivo.

A pesquisa também revelou que o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% em relação a 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo.

Outro motivo que explica essa queda pode ser a implementação de um novo governo em território nacional, aponta o sócio-diretor.

“A necessidade de realizar uma reforma ministerial e a tarefa de recompor o Supremo Tribunal Federal (STF), são desafios significativos que se apresentam. Paralelamente, o controle rigoroso dos gastos públicos e o aumento dos impostos podem tornar o investidor mais cauteloso e avesso ao risco. Essas condições podem gerar incerteza e hesitação entre os investidores, o que poderia afetar negativamente o clima de investimento no país”, conclui.

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 Essa matéria contém informações de Viveiros Comunicação.