Itaú demite

Itaú demite mil em home office e banca CEO com salário milionário

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Demissão Itaú
Demissão Itaú

Enquanto mil famílias tentam entender como vão pagar as contas depois de perder o emprego, o Itaú CEO do Itaú tem mais um ano de balanço milionário. O maior banco privado do Brasil decidiu cortar cerca de mil funcionários em home office, alegando “baixa produtividade” . A justificativa soa conveniente para quem está no comando: fácil culpar trabalhadores comuns, difícil é olhar para cima, onde mora o verdadeiro desequilíbrio.

No topo da pirâmide está o CEO Milton Maluhy Filho, que não parece sentir os efeitos da suposta crise de produtividade. Pelo contrário: ele segue como o executivo mais bem pago do país, faturando R$ 67,7 milhões por ano. Na prática, isso significa mais de R$ 5,6 milhões por mês, enquanto famílias inteiras descem alguns degraus na escada social por causa de uma decisão fria e calculada.

O peso das escolhas

É claro que nenhuma empresa é obrigada a manter funcionários improdutivos. Mas vamos combinar: falar em improdutividade dentro de um banco que lucrou mais de R$ 35 bilhões em 2024 é, no mínimo, um insulto à inteligência de quem acompanha o noticiário.

O corte de mil trabalhadores não muda em nada o resultado do Itaú. Muda, sim, a vida de quem estava lá na ponta, contando com o salário para sustentar filhos, pagar aluguel e garantir o básico.

E quando se olha para a remuneração do CEO, o contraste é chocante. Se parte da fortuna de Milton Maluhy fosse usada para segurar esses postos de trabalho, centenas de famílias não estariam

“no chão” hoje. Mas não: a régua da eficiência é aplicada apenas embaixo. No topo, o luxo continua intacto.

O banco da contradição

O Itaú adora campanhas publicitárias falando em “futuro sustentável”, “responsabilidade social” e “proximidade com o cliente”. Mas quando a cortina cai, o que aparece é outra coisa: demissões em massa, disputas judiciais com aposentados e salários milionários para executivos blindados.

É um contraste difícil de engolir para quem está do lado de fora. O cliente que paga juros altíssimos no cheque especial, o trabalhador que vê um parente perder o emprego e o aposentado que luta por reajuste travado sabem que essa conta não fecha.