O Ibovespa atingiu, em setembro de 2025, a sua máxima histórica: 142.348 pontos.
Para o investidor brasileiro, isso é motivo de euforia. Afinal, durante décadas, a Bolsa nacional sempre viveu de ciclos curtos: subidas repentinas, crises políticas, juros estratosféricos e, muitas vezes, longos períodos de desvalorização. Quando finalmente o índice rompe resistências e dispara, é natural pensar: “é hora de aproveitar o Brasil.”
Mas aqui vai a reflexão central desta edição da Renda Global:
Mesmo com o Ibovespa explodindo, a forma mais inteligente de capturar essa alta é via ETFs na Bolsa americana — e complementando a estratégia com exposição a outros mercados globais.
O filme já vimos antes: ciclos de alta do Ibovespa
A história mostra que o Ibovespa costuma subir em momentos de queda dos juros americanos (Fed cuts). Segundo o Bank of America, cada redução de 100 pontos-base nos EUA gerou, em média, alta de 11% na Bolsa brasileira.
E não só: os ganhos geralmente começam antes mesmo do primeiro corte — porque o mercado antecipa o movimento.
Exemplos históricos:
- 1984: corte de 350 pontos → Ibovespa subiu 20%
- 1995: corte de 75 pontos → valorização de 18%
- 2019: cortes de 225 pontos → alta de 7%
- 2024: corte de 100 pontos, mas inflação fora de controle e câmbio deteriorado → Ibovespa caiu 10% três meses depois
O padrão é claro: o Brasil sobe com o Fed, mas depende muito dos fatores internos. Política, fiscal, câmbio e confiança internacional podem reforçar ou anular completamente o movimento.
Hoje, em 2025, estamos mais uma vez nesse ciclo: Fed prestes a cortar juros, Selic em queda e Ibovespa em euforia.
Mas… será que basta comprar ações brasileiras e esperar?
O problema estrutural da Bolsa brasileira
Apesar do momento positivo, a Bolsa brasileira tem limitações graves:
- Concentração extrema: Vale, Petrobras, bancos e estatais representam quase metade do índice. É como se o futuro de toda a sua carteira dependesse de Brasília e das commodities.
- Liquidez limitada: mesmo com recordes, o volume negociado aqui é muito menor que em qualquer grande mercado global.
- Tributação hostil: imposto sobre lucro nominal, come-cotas, burocracia. O investidor brasileiro paga caro para investir em casa.
- Dependência de fluxo estrangeiro: quando há entrada de capital externo, o Ibovespa dispara. Quando há saída, despenca. É um mercado refém.
Ou seja, sim, o Ibovespa sobe em ciclos de Fed cuts. Mas, como sempre, o investidor brasileiro acaba refém do “risco Brasil”.
O jogo verdadeiro está lá fora
Agora vamos comparar com o que acontece nos EUA e outros mercados globais.
🇺🇸 Estados Unidos – a primeira divisão
- ETFs como VOO (S&P500), QQQ (Nasdaq) e SCHD (Dividendos) oferecem exposição instantânea às maiores empresas do mundo.
- Liquidez gigantesca: são trilhões de dólares negociados diariamente.
- Custos mínimos: taxas de administração baixíssimas, sem taxas ocultas.
- Operabilidade: você pode vender opções (Covered Call, Wheel, Travas), gerando renda semanal em dólar — algo impossível de replicar na B3 com a mesma eficiência.
🇮🇳 Índia – o novo motor do crescimento
- Crescimento econômico acima de 6% ao ano.
- População jovem, digitalizada e consumidora.
- ETFs como INDA ou SMIN permitem capturar esse ciclo.
🇨🇳 China – potência em transformação
- Mesmo com volatilidade política e regulatória, a China segue como a segunda maior economia do mundo.
- ETFs como FXI (large caps) ou KWEB (tecnologia) oferecem exposição direta.
Sudeste Asiático
- Vietnã, Indonésia, Filipinas — países com populações jovens, industrialização acelerada e crescimento de consumo.
- ETFs regionais permitem diversificação em blocos.
🇪🇺 Leste Europeu e Europa Central
- Mercados de energia, tecnologia e reconstrução industrial.
- ETFs como ERUS (Rússia excluída pós-sanções) deram lugar a novas composições em Polônia, Hungria e República Tcheca.
Brasil sim, mas com estratégia global
Quer surfar a alta do Ibovespa? Perfeito.
Mas por que fazê-lo na B3, de forma limitada e cara, se você pode:
- Comprar o ETF EWZ (iShares MSCI Brazil) na Bolsa americana;
- Operar Covered Call semanal sobre ele;
- Receber prêmios em dólar, além da valorização do ativo.
Ou seja, você pega a mesma alta do Brasil, mas:
- em moeda forte,
- com liquidez global,
- e com a possibilidade de transformar volatilidade em renda real.
O investidor global joga outro jogo
Enquanto o investidor tradicional vibra com 13% de alta do Ibovespa em 6 meses, o investidor global tem acesso a:
- S&P500, que multiplicou capital em quase 190% nos últimos 10 anos.
- ETFs de dividendos como SCHD, que geram fluxo crescente de proventos.
- Estratégias de opções que pagam semanalmente, mesmo em mercados laterais.
E tudo isso sem ficar preso ao risco político de Brasília.
Ibovespa voando, mas a liberdade está lá fora
O Ibovespa pode continuar subindo, beneficiado pelos cortes do Fed e da Selic.
Mas o investidor inteligente não limita sua estratégia a um índice frágil, concentrado e refém de fatores locais.
Ele usa o Ibovespa como parte do portfólio global, acessando-o via ETFs americanos e, ao mesmo tempo, se expondo ao que o mundo tem de melhor: Estados Unidos, Índia, China, Sudeste Asiático e Europa.
Porque não se trata de torcer contra o Brasil.
Se trata de operar com método, liberdade e estratégia — na primeira divisão global.
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