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O que é o EEM?

Diversificação global para investidores brasileiros: entenda como acessar mercados emergentes através do ETF iShares MSCI

O que é o EEM
Legenda de capa: ETF iShares MSCI Emerging Markets: diversificação global para investidores brasileiros que buscam acesso a mais de 1.200 empresas de mercados emergentes | Crédito: SpaceMoney

Nos últimos anos, os ETFs (Exchange Traded Funds) se consolidaram como ferramentas valiosas para investidores que buscam diversificação de forma simples e eficiente. Com eles, é possível acessar uma carteira de ativos de diferentes países, setores e tamanhos de empresas com apenas um único investimento. E apesar do cenário desafiador que o Brasil enfrenta hoje – com juros ainda elevados, baixa previsibilidade fiscal e incertezas políticas –, os mercados emergentes vêm apresentando recuperação e até altas recentes, mesmo diante de um ambiente global adverso.

Nesse sentido, o EEM (iShares MSCI Emerging Markets ETF) desponta como uma das opções mais populares do mundo. Gerido pela BlackRock, o fundo permite investir em mais de 1.200 empresas de mercados emergentes com uma única cota. Mas antes de entender mais a fundo como ele funciona, vantagens e desvantagens, vamos dar alguns passos para trás.

O que é o EEM?

O iShares MSCI Emerging Markets ETF (EEM) é um fundo de índice negociado em bolsa administrado pela BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo. Ele tem como objetivo replicar o desempenho do MSCI Emerging Markets Index, um índice amplo que reúne ações de grande e médio porte de países emergentes. Na prática, ao investir no EEM você está comprando, de uma só vez, uma cesta com mais de 1.200 ações de empresas de 28 países emergentes, como China, Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Brasil, Arábia Saudita, entre outros.

Ele foi lançado em 2003 e, desde então, tornou-se um dos veículos mais populares no mundo para obter exposição a mercados emergentes, acumulando patrimônio superior a US$ 18 bilhões em ativos sob gestão.

O EEM possui gestão passiva, ou seja, não tenta superar o mercado por meio de seleção ativa de ações. Seu mandato é seguir fielmente o índice MSCI Emerging Markets, comprando as ações exatamente nas proporções em que compõem o índice. Desse modo, o desempenho do EEM espelha as variações do índice de referência no dia a dia. Por exemplo, se determinado país representa 10% do índice emergente, aproximadamente 10% do patrimônio do EEM estará alocado em ações desse país. Da mesma forma, se uma empresa específica – como a Taiwan Semiconductor (TSMC) – tem cerca de 10% de peso no MSCI EM, então aproximadamente 10% do EEM estará investido em ações da TSMC.

Com uma única aplicação, o investidor se torna sócio indireto de centenas de empresas ao redor do mundo emergente, obtendo diversificação instantânea e exposição internacional de forma simplificada.

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Como funciona o EEM?

Por funcionar como um “espelho” do índice de referência, o EEM adota uma estratégia de indexação. A gestão passiva significa que os administradores do fundo compram (ou vendem) ações apenas para ajustar a carteira conforme as mudanças do índice – seja pela variação nos preços ou pelos rebalanceamentos periódicos do MSCI. Assim, o fundo busca replicar fielmente o desempenho médio dos mercados acionários emergentes, em vez de fazer apostas independentes.

É importante notar que o EEM distribui proventos periodicamente. Diferente de muitos ETFs brasileiros, que reinvestem internamente os dividendos das ações da carteira, o EEM paga dividendos em dinheiro aos cotistas, geralmente duas vezes por ano. Esses correspondem aos ganhos distribuídos pelas empresas emergentes que compõem o índice, repassados proporcionalmente aos investidores do ETF. Dessa forma, além do potencial de valorização das cotas, o investidor do EEM também pode obter renda passiva periódica proveniente dos mercados emergentes.

Composição

Na prática, quando você adquire cotas do EEM, está investindo simultaneamente em bolsas de diversos países emergentes. Cerca de 86% do portfólio do EEM está alocado em mercados da Ásia (com destaque para China, Índia, Taiwan e Coreia do Sul), cerca de 7% na América Latina, 3% na África e o restante dividido entre Europa e Oriente Médio. Isso reflete o próprio índice MSCI, em que economias asiáticas têm maior representatividade. Como mostra a tabela a seguir:

PaísPeso no EEM (%)
China27,6%
Taiwan18,7%
Índia18,1%
Coreia do Sul10,7%
Brasil4,4%
Arábia Saudita3,5%
África do Sul3,1%
México2,0%
Emirados Árabes Unidos1,6%
Malásia1,3%

Obs.: Demais países emergentes (como Indonésia, Tailândia, Filipinas, Chile, Turquia, etc.) compõem conjuntamente cerca de 10% do índice, com pesos individuais inferiores a 1%.

Setorialmente, concentra-se principalmente em Finanças e Tecnologia da Informação (ambos com aproximadamente 24%), seguidos por Consumo Discricionário, Telecomunicações, Indústria e Materiais Básicos.

Entre suas principais participações estão a Taiwan Semiconductor (10%), Tencent Holdings (5%), Alibaba Group (3%) e Samsung Electronics (2,5%). O Brasil representa apenas 4% do fundo, com empresas como Vale, Petrobras e Itaú tendo menos de 0,5% cada. Esta composição oferece ampla diversificação internacional através de um único ativo, diluindo riscos específicos de empresas ou países.

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Vantagens

Como investimento voltado para iniciantes em diversificação internacional, o EEM apresenta vários pontos positivos:

  • Diversificação internacional imediata: permite investir em dezenas de países simultaneamente. Ideal para diluir riscos geográficos e reduzir dependência de um único mercado.
  • Acesso a mercados de alto crescimento: conecta o investidor a economias que crescem rapidamente. Oferece exposição a empresas inovadoras que se beneficiam da expansão da classe média emergente.
  • Praticidade e simplicidade: reúne múltiplos mercados em um único ticker, evitando a complexidade de montar carteira internacional. Oferece negociação simples e liquidez diária como uma ação comum.
  • Baixo valor de entrada e custos competitivos: permite investimento com valores acessíveis, bastando comprar uma cota. Taxa de 0,72% ao ano é inferior aos fundos ativos brasileiros de ações internacionais.
  • Liquidez e transparência: possui alto volume de negociação desde 2003, garantindo alinhamento com valor patrimonial. Composição do fundo é pública e acessível para acompanhamento.

Desvantagens

Por outro lado, é crucial considerar também as desvantagens e riscos envolvidos:

  • Volatilidade e risco de mercado: apresenta oscilações intensas devido a instabilidades políticas e econômicas em mercados emergentes. Exige perfil de risco adequado e visão de longo prazo.
  • Concentração regional e setorial: alta concentração na Ásia, especialmente China e Leste Asiático. Peso elevado em finanças e tecnologia pode amplificar impactos negativos nesses setores.
  • Não busca “bater o mercado”: apenas replica o índice MSCI Emerging Markets sem tentar superá-lo. Investidores que buscam retornos acima da média precisam considerar estratégias complementares.
  • Taxa de administração relativamente elevada: taxa de 0,72% é superior a alguns ETFs concorrentes internacionais. Custos mais altos podem reduzir retornos líquidos no longo prazo.
  • Questões tributárias e cambiais: exposição ao dólar adiciona volatilidade ao investimento. Administração tributária é mais complexa que em investimentos locais.

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Como investir no EEM

O EEM é especialmente interessante para investidores com perfil moderado a arrojado, que buscam exposição internacional, diversificação geográfica e que estejam dispostos a conviver com volatilidade no curto prazo em troca de potencial de valorização no longo prazo. Ele pode ser usado por quem já tem boa parte do patrimônio no Brasil e quer acessar empresas e economias de fora sem escolher ativos específicos, ou por quem já investe nos Estados Unidos (via S&P 500, por exemplo) e deseja equilibrar a carteira com ativos de países em desenvolvimento.

Em ambos os casos, o EEM funciona como uma ponte para capturar o crescimento estrutural de regiões emergentes, como Ásia, América Latina e Leste Europeu — especialmente em ciclos de alta de commodities, expansão da demanda interna e valorização cambial local.

O ETF também pode ser útil em estratégias de diversificação cambial, como hedge contra a desvalorização do real, ou para geração de renda passiva internacional via dividendos periódicos.

Além disso, combina bem com carteiras balanceadas que utilizam a lógica dos três pilares: Brasil (ex: BOVA11 ou DIVO11), Estados Unidos (ex: IVVB11, VOO ou SPY) e mercados emergentes (EEM). Em momentos em que os mercados desenvolvidos enfrentam desaceleração ou estagnação, os emergentes costumam chamar atenção dos investidores globais – e é nesses momentos que o EEM pode brilhar.

Colocando a mão na massa

Para quem deseja investir no EEM, o Super ETF oferece uma estratégia inovadora que combina ETFs internacionais e operações com opções, criando uma fonte de dividendos sintéticos semanais em dólar. Diferente das abordagens tradicionais que exigem anos de espera por dividendos ou conhecimentos avançados em day trade, esta metodologia permite que investidores comuns possam transformar a volatilidade do mercado em renda passiva consistente, independentemente da direção que o mercado tome.

O diferencial do Super ETF está na sua acessibilidade e transparência. Com uma metodologia estruturada em passos claros e objetivos, o investidor não precisa se tornar um trader profissional ou dedicar horas diárias ao mercado. O sistema foi desenhado para que pessoas comuns possam implementar a estratégia com apenas alguns minutos por semana, sem necessidade de formação específica em finanças.

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