Gestores de ativos intensificam o uso de ETFs internacionais. Buscam, assim, alternativas para exposição global eficiente e proteção de portfólio. Isso ocorre diante de cenário volátil marcado por rotação de capital e dólar persistente em patamar elevado. A princípio, a crescente adoção de ETFs funciona como mecanismo de diversificação ativa. Além disso, permite acessar mercados externos sem estrutura operacional própria.
Os ETFs oferecem exposição instantânea a índices como S&P 500, MSCI World ou renda fixa dos EUA (via WRLD11, USDB11, ACWI11). Em contrapartida, proporcionam crédito cambial e liquidez na B3 com baixas taxas. Desse modo, a simplicidade operacional — sem custódia internacional direta — viabiliza alocação tática dinâmica, especialmente em períodos de incerteza fiscal e geopolítica.
Nesse sentido, cinco ETFs com alocação equilibrada (cada 20%) se destacam: BDEF11 (renda fixa), GOAT11 (S&P 500 + renda fixa), GOLD11 (ouro), BDOM11 (exposição Brasil) e ACWI11 (mercado global).
O movimento ocorre justamente quando institucionais enfrentam restrições internas. Por outro lado, têm menor agilidade na abertura de posições em dólar diretamente. Com ETFs, é possível “dolarizar” o portfólio sem abrir conta no exterior — dispensando, assim, câmbio manual, pares de moeda ou compliance adicional.
A estratégia ganha ainda mais relevância diante da instabilidade econômica global recente. Sem dúvida, as tensões comerciais, risco fiscal e inflação nos EUA potencializam sua importância. Em virtude de sua natureza, ETFs para crédito internacional e ouro oferecem proteção imediata ao portfólio local, com risco menor e acesso ampliado.
E o que isso significa na prática para o investidor?
A adoção de ETFs como instrumento de diversificação facilita a construção de portfólio com exposição a mercados desenvolvidos. Desse modo, evitam-se complicações operacionais diretas ou taxas elevadas. Por certo, a eficiência fiscal, transparência e liquidez dentro da própria B3 mantêm o custo de entrada baixo.
Além de mitigar risco cambial, ETFs oferecem mecanismos de proteção. Por exemplo, exposição a ouro via GOLD11 ou saldo em renda fixa norte-americana via USDB11, compatíveis com cenários de dólar fraco ou turbulência global.
Em síntese, gestores transformam ETFs em um core estratégico para hedge e diversificação macro: diretos, acessíveis e alinhados às tendências de dólar e juros globais. Em conclusão, facilitam a retenção de valor e preservação de investimento em períodos de alta incerteza global.