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ETF EWZ cai após prisão domiciliar de Bolsonaro e escalada da tensão com Trump

ETF brasileiro recua com temores de novas tarifas e instabilidade política envolvendo Brasil e EUA

ETF EWZ / EUA e Brasil
Tensões diplomáticas e tarifas de Trump afetam mercado brasileiro, com ETF sofrendo queda de 1,9% após prisão domiciliar de Bolsonaro | Crédito: SpaceMoney

O ETF iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo que representa ações brasileiras em Nova York, caiu cerca de 1,9% nesta segunda-feira (04). A queda foi mais intensa no pré-market. Isso ocorreu após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro intensificar tensões diplomáticas com o governo Trump, que já havia anunciado tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras.

A princípio, a decisão do Supremo Tribunal Federal de colocar Bolsonaro sob prisão domiciliar na segunda-feira elevou o clima de incerteza política. Em resposta, Trump classificou o processo como uma “caça às bruxas” e justificou a imposição das tarifas. Por causa disso, renasceu o receio de retaliações econômicas adicionais ao Brasil.

Em paralelo, o anúncio de tarifas de 50% sobre importações brasileiras reforçou o impacto imediato sobre o ETF. Como resultado, o EWZ enfrentou forte pressão vendedora. Isto é, investidores temem a deterioração dos fluxos de capital para ativos brasileiros. Nesse sentido, EUR visa reduzir impacto em empresas exportadoras e balanço do ETF.

Apesar disso, o EWZ continua sendo um dos ETFs de países emergentes com melhor performance em 2025. Sem dúvida, o fundo acumula alta superior a 25% no ano, impulsionado pela valorização do real e fluxo externo. No entanto, o movimento evidencia sensibilidade à instabilidade política e regulatória.

Por fim, o recuo do fundo ocorre em contexto de deterioração do sentimento de risco global sobre o Brasil. Esse cenário pode repercutir não apenas em ganhos nominais, mas também no apetite por risco e liquidez em ativos de renda variável, crédito e câmbio.