
O mercado de ETFs cresceu de forma explosiva na última década, atraindo todos os tipos de investidores — desde iniciantes até especialistas e institucionais — em busca de diversificação e eficiência de custos. Com mais de 9.000 produtos listados globalmente, escolher o estilo certo de gestão tornou-se tão importante quanto definir a alocação entre classes de ativos.
Cada um dos ativos possui um tipo de gestão, que guia a forma como ele rende no mercado. Atualmente, existem dois modelos principais de gestão de ETFs: passiva, que replica índices de forma fiel e ativa, que busca alpha via decisões discricionárias. Porém, poucos conhecem os outros dois tipos de gestão: smart beta e enhanced indexing.
E para entender melhor cada uma e qual combina melhor com o seu perfil, confira este guia completo para entender quais são os tipos de gestão de ETF.
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O que é gestão passiva?
Em primeiro lugar e mais comum, a gestão passiva, também chamada de indexação pura, tem o objetivo de replicar integralmente um índice de referência. Isso ocorre por meio da compra de todos — ou de uma amostra representativa — dos ativos que o compõem.
Por evitar julgamentos humanos sobre as perspectivas de empresas individuais, esse modelo oferece altíssima transparência. Ele permite que o investidor conheça exatamente sua exposição e proporções de cada componente.
Os custos de administração são extremamente baixos (TERs frequentemente abaixo de 0,10% ao ano), pois há menor rotatividade de ativos e menos necessidade de análise constante de mercado.
Adicionalmente, a baixa rotatividade reduz a incidência de eventos tributários, adiando ganhos de capital e podendo trazer eficiência fiscal ao longo do tempo.
Por fim, a gestão passiva costuma entregar performance equivalente ao índice. Tornando-se ideal para investidores que acreditam no princípio da eficiência de mercado e buscam minimizar custos. Dentre os ETFs mais conhecidos que são geridos de forma passiva estão:
- Vanguard S&P 500 ETF (VOO);
- SPDR S&P 500 ETF Trust (SPY);
- iShares Core S&P 500 ETF (IVV);
- Schwab U.S. Broad Market ETF (SCHB);
- iShares Core MSCI Total International Stock ETF (IXUS).
O que é gestão ativa?
Em segundo lugar, na gestão ativa, gestores profissionais tomam decisões de compra e venda na tentativa de superar o desempenho de um índice de referência, como o Ibovespa ou o Nasdaq.
Esse processo envolve pesquisas de empresas, análises macroeconômicas e uso de modelos quantitativos. Tudo com a liberdade de ajustar a carteira conforme condições de mercado e perspectivas de valor.
Em contrapartida, os ETFs ativos costumam cobrar TERs mais elevadas (de 0,50% a mais de 1% ao ano), refletindo o trabalho contínuo da equipe gestora e o custo de transações mais frequentes.
Embora possam gerar alpha — retornos acima do benchmark —, esses fundos também enfrentam maior risco de underperformance, especialmente em mercados muito eficientes, onde poucas gestoras conseguem sistematicamente bater o índice.
Para perfis dispostos a pagar mais por gestão profissional e com maior tolerância à volatilidade, a gestão ativa oferece a chance de capturar oportunidades específicas que a indexação pura não alcança. Dentre os ETFs de gestão ativa, os mais conhecidos são:
- ARK Innovation ETF (ARKK);
- JPMorgan Equity Premium Income ETF (JEPI);
- Fidelity Blue Chip Growth ETF (FBCG);
- American Funds ActiveShares Growth ETF (AFK);
- PIMCO Active Bond ETF (BOND).
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Outros tipos de gestão de ETFs
Além dos modelos passivo e ativo, existem gestões híbridas que combinam disciplina indexada, juntamente com flexibilidade tática, equilibrando custos e potencial de ganho.
Smart beta (gestão estratégica)
Em terceiro lugar, o smart beta aplica estratégias rule-based para selecionar ou ponderar ativos com base em fatores — como valor, momentum, qualidade ou baixa volatilidade — visando capturar retornos acima do mercado amplo.
Em vez de seguir o peso de mercado, o índice smart beta reequilibra carteiras para enfatizar empresas que atendem a critérios quantitativos comprovados, sem depender de decisões discricionárias dos gestores.
Os custos de gestão ficam em um patamar intermediário (TERs entre 0,15% e 0,40% ao ano). Oferecendo um canal de alpha mais acessível do que ETFs totalmente ativos.
Investidores que buscam exposição a fatores reconhecidos pela academia financeira, mas não querem arcar com altas taxas, encontram no smart beta uma alternativa equilibrada entre custo e retorno potencial. Exemplos de ativos que usam da gestão estratégica são:
- iShares Edge MSCI Min Vol USA ETF (USMV);
- Invesco S&P 500 Low Volatility ETF (SPLV);
- iShares Edge MSCI USA Value Factor ETF (VLUE);
- Invesco DWA Momentum ETF (PDP);
- SPDR S&P 500 Quality ETF (SPHQ).
Semi-ativa (enhanced indexing)
Por fim, a gestão semi-ativa, ou enhanced indexing, replica majoritariamente um índice de referência, mas permite desvios táticos limitados para aproveitar oportunidades de curto prazo sem perder a aderência ao benchmark.
Diferente do smart beta, essa abordagem faz intervenções pontuais, como sobreponderar setores em tendência ou ajustar alocações conforme eventos macroeconômicos específicos.
Tais ajustes visam obter pequenas parcelas de alpha, mantendo a disciplina indexada que controla custos e rotatividade de ativos significativamente mais baixos que na gestão ativa plena.
Com TERs geralmente entre 0,20% e 0,50%, a semi-ativa é indicada para quem quer um “extra” de performance sem arcar com taxas elevadas nem sofrer a imprevisibilidade total da gestão ativa. Dentre os ativos que usam do enhanced indexing, estão:
- Goldman Sachs ActiveBeta US Large Cap Equity ETF (GSLC);
- Goldman Sachs ActiveBeta International Equity ETF (GSIE);
- Goldman Sachs Enhanced International Equity Active ETF (GEIA);
- JPMorgan Equity Premium ETF (JEPI);
- JPMorgan Hedged Equity ETF (DBEF).
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Afinal, qual a melhor gestão?
Não existe um “melhor” absoluto entre os tipos de gestão de ETFs: a escolha depende do perfil de risco, horizonte de investimento e objetivos de cada investidor.
Quem prioriza custos baixos, simplicidade e acredita na eficiência de mercado tende a optar pela gestão passiva, aproveitando a transparência e previsibilidade de performance.
Já investidores dispostos a pagar mais por uma equipe gestora, buscando retornos acima do índice e com maior tolerância a volatilidade podem optar pela gestão ativa.
Além disso, os modelos híbridos — smart beta e enhanced indexing — atendem perfis moderados, oferecendo custos intermediários e potencial de alpha, ideal para quem busca equilíbrio entre disciplina e flexibilidade.
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