Gráfico do Bitcoin em queda em outubro de 2025, com destaque para o ETF de Bitcoin COIN11 da B3.
Bitcoin recua em outubro e abre espaço para ETFs como o COIN11 da B3 ganharem destaque entre investidores. (Imagem: Gemini PRO)

O mês de outubro, tradicionalmente conhecido entre os investidores como “Uptober”, contrariou as expectativas em 2025. O Bitcoin (BTC), principal criptomoeda do mundo, encerrou o período com queda próxima de 7%, cotado abaixo de US$ 110 mil, e interrompeu uma sequência de nove anos de desempenho positivo no décimo mês do ano.

A reversão pegou parte do mercado de surpresa, especialmente após a forte alta observada no terceiro trimestre. A correção foi impulsionada por fatores macroeconômicos e saídas expressivas de capital de ETFs de criptomoedas, refletindo um movimento global de aversão ao risco.

“Quando o mercado ajusta, o investidor impaciente sai. O disciplinado aproveita para se posicionar”, destaca Fábio Murad, CEO da SpaceMoney e criador do método Super ETF. “Outubro foi um teste de paciência, não de fundamentos. O Bitcoin segue sólido — e novembro deve ser o mês da retomada.”


Pressão macro e saída dos ETFs

De acordo com dados da SoSoValue, os ETFs de Bitcoin registraram saídas líquidas de mais de US$ 600 milhões apenas na última semana de outubro, enquanto os de Ethereum perderam cerca de US$ 180 milhões. O movimento coincidiu com um ajuste nas bolsas americanas, após anúncios bilionários de investimento em inteligência artificial por empresas como Meta e Microsoft.

A leitura do mercado foi de que o aumento dos gastos corporativos pode pressionar margens de lucro, elevando a aversão a risco e contaminando ativos como criptomoedas e ações de tecnologia.

Além disso, o índice de Medo e Ganância retornou à zona de “medo”, e dados da Coinglass mostraram quase US$ 900 milhões em liquidações de posições alavancadas no fim do mês. Apesar disso, analistas técnicos apontam que o BTC encontrou suporte firme próximo de US$ 105 mil, faixa considerada estratégica para uma possível reação em novembro.

“A estrutura técnica segue saudável. Estamos vendo uma pausa, não um colapso”, avalia Murad. “Os fundamentos estão intactos e o fluxo institucional segue forte.”


Ethereum, Solana e o comportamento das altcoins

Entre as principais altcoins, o Ethereum (ETH) acumulou queda de cerca de 11%, negociado próximo a US$ 3.850, enquanto a Solana (SOL) recuou 15%, voltando para a região de US$ 185. Mesmo assim, o sentimento entre os grandes investidores segue construtivo.

Segundo analistas, os ETFs spot de Ethereum começam a atrair capital institucional de forma consistente, enquanto a Solana mantém um ecossistema vibrante com aplicações em games, redes sociais e pagamentos digitais.

“Essas correções são oportunidades. São momentos de acumulação inteligente, não de pânico”, reforça Murad. “O investidor que pensa em longo prazo entende que volatilidade é o preço da liberdade financeira.”


Fábio Murad: “Quem tem método não sofre com o mercado”

Murad tem sido uma das principais vozes no Brasil a defender que o investidor adote uma postura global e dolarizada, buscando renda passiva com ETFs e exposição a ativos de moeda forte.

Segundo ele, o maior erro do investidor brasileiro é medir riqueza em real.

“Quem mede seu patrimônio em real está sempre correndo atrás da inflação e da política local. O foco deve ser em dólar, em ativos globais e em estratégias que gerem renda contínua, como ETFs internacionais e operações de Covered Call.”

Ele explica que a estratégia de diversificação internacional protege o portfólio contra choques locais e permite aproveitar o crescimento de setores globais, como tecnologia, energia e criptoativos. “A nova fronteira do investidor brasileiro é global. O Brasil é bom para nascer, mas não para investir sozinho”, completa.


ETF de Bitcoin: COIN11 ganha destaque na B3

Para quem busca exposição direta ao Bitcoin com praticidade e regulação, o destaque de 2025 vai para o COIN11, ETF da Buena Vista Capital, listado na B3.

O fundo replica a performance do Bitcoin e distribui mais de 2% em dividendos sintéticos de Bitcoin todos os meses, diretamente na conta do investidor. É uma inovação no mercado brasileiro, que combina renda passiva e exposição cripto dentro do ambiente regulado da bolsa.

“O COIN11 é a porta de entrada perfeita para quem quer investir em Bitcoin com simplicidade, segurança e retorno mensal”, explica Murad. “O investidor não precisa operar, minerar ou entender de blockchain — ele simplesmente recebe sua renda em Bitcoin e acompanha a valorização do ativo.”

Segundo ele, o COIN11 tem se tornado uma escolha recorrente entre investidores que querem renda variável atrelada ao mundo cripto, mas com a solidez operacional de um ETF tradicional.


Para quem não quer escolher os ETFs

Murad também ressalta que há espaço para quem quer investir no exterior e gerar renda em dólar sem precisar escolher os ETFs manualmente.

“Nem todo investidor tem tempo para estudar o mercado global. Por isso criamos o Fundo Genebra Covered Call — ele faz todo o trabalho para o cliente”, explica o CEO da SpaceMoney.

O fundo aplica a estratégia de Covered Call sobre uma cesta de ETFs internacionais, gerando renda recorrente com risco travado. Segundo ele, é uma forma de “viver de renda em dólar” de maneira previsível e automatizada, sem precisar lidar com as oscilações do mercado no dia a dia.

“O Genebra é para quem quer investir com inteligência e tranquilidade. Nós selecionamos os ETFs, operamos as opções e o investidor recebe o resultado. Simples, transparente e eficiente.”


Novembro no radar: ajuste de juros e retomada de fluxo

O cenário global deve ditar o ritmo do Bitcoin e dos criptoativos nas próximas semanas. As apostas no FedWatch da CME indicam cerca de 65% de chance de corte de juros nos Estados Unidos ainda este ano, o que pode reaquecer o apetite ao risco e trazer novo fôlego para o mercado cripto.

“O ambiente macro está virando a favor dos ativos de risco. Quando o juro americano começa a cair, o dinheiro volta para os ativos de crescimento — e o Bitcoin tende a ser um dos principais beneficiados”, afirma Murad.

Ele reforça que o investidor que pensa em longo prazo deve usar o momento de correção para se posicionar:

“Quem esperar o mercado dar sinal de alta vai pagar mais caro. O investidor inteligente entra quando há medo e sai quando há euforia. É assim que se constrói riqueza de verdade.”


Mesmo após o recuo de outubro, o Bitcoin segue como o ativo mais comentado do mercado global, e os ETFs de Bitcoin, como o COIN11, vêm consolidando uma nova forma de investir em cripto de maneira institucional, transparente e com renda mensal.

Enquanto isso, o Fundo Genebra Covered Call oferece ao investidor brasileiro a possibilidade de automatizar sua estratégia de geração de renda global, transformando a volatilidade em oportunidade.

“O investidor de hoje precisa pensar globalmente. Dolarizar parte da carteira e buscar ativos que gerem renda real é o caminho para a liberdade financeira. E isso está ao alcance de qualquer um que tenha disciplina e método”, conclui Fábio Murad.