A Superintendência-Geral do Cade aprovou sem restrições a entrada do Banco de Brasília (BRB) no capital do Banco Master. Em outras palavras, o sinal verde veio na esteira de um aporte de R$ 2 bilhões realizado pelo controlador da instituição, Daniel Vorcaro, a fim de reforçar os indicadores de capital e liquidez.
Daniel Vorcaro e Banco Master: capital estratégico garante robustez regulatória
Distribuído em duas tranches já chanceladas pelo Banco Central, o investimento turbinou os índices de Basileia do Master, reduzindo a alavancagem e, dessa forma, atendendo aos parâmetros prudenciais exigidos para a fusão.
- Ativos consolidados: em torno de R$ 140 bilhões;
- Carteira de crédito: cerca de R$ 72 bilhões;
- Base de clientes: 15 milhões;
- Patrimônio líquido: próximo de R$ 10 bilhões.
Com base nesses números, o grupo deve integrar a categoria sistêmica S2, com potencial de ascender ao grupo S1 nos próximos ciclos de capital.
Além disso, analistas apontam que a experiência do BRB em serviços ao setor casa com a expertise do Master em crédito estruturado, criando assim uma plataforma diversificada para atender governos, empresas e pessoa física avançada.
Em paralelo, o Banco Master tornou-se o primeiro player latino-americano a usar o sistema chinês Cross‑Border Interbank Payment System. Por meio dessa infraestrutura, permite-se pagamentos em iuanes sem passar pelo dólar, reduzindo dessa maneira custos para importadores e exportadores brasileiros.
A aprovação pelo Banco Central da transação está prevista para os próximos dias. Nesse sentido, o Cade já concedeu aval integral à operação, sem impor qualquer tipo de restrição.