A exchange de criptomoedas FTX, que entrou em colapso em novembro de 2022, não será reiniciada, confirmaram os advogados de falências da empresa em uma audiência judicial nesta quarta-feira (31). A decisão foi tomada devido à falta de interesse de compradores em assumir a plataforma.
Apesar do fim da FTX, a empresa espera reembolsar integralmente todos os clientes "permitidos" e "credores gerais sem garantia" que foram afetados pela crise de liquidez. A estratégia para alcançar esse objetivo envolve a recuperação de fundos de empresas associadas e a venda gradual de participações em criptomoedas.
Em uma audiência no Tribunal de Falências dos Estados Unidos no Distrito de Delaware, o advogado da FTX, Andy Dietderich, detalhou o plano de recuperação da empresa sob o Capítulo 11. Ele destacou que, até o momento, a FTX conseguiu recuperar fundos substanciais e que a expectativa é apresentar um plano de pagamento integral aos clientes e credores em fevereiro.
“Com base em nossos resultados até o momento e nas projeções atuais, prevemos apresentar uma declaração de divulgação em fevereiro descrevendo como os clientes e credores não garantidos em geral com reivindicações permitidas serão eventualmente pagos integralmente”.
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Dietderich admitiu que o processo de recuperação não foi isento de dificuldades. Entre as "decepções" mencionadas, estão a venda da plataforma de derivativos LedgerX por um valor significativamente inferior ao preço de compra original e a falta de interesse em reiniciar a exchange FTX.
Segundo o advogado, a falta de interesse em reiniciar a FTX se deve ao estado desastroso da empresa no momento do colapso. A liderança fracassada do ex-CEO Sam Bankman-Fried também foi apontada como um fator que contribuiu para o desfecho da empresa.
“Os custos e riscos de criar uma troca viável a partir do que o Sr. Bankman-Fried deixou no lixo eram simplesmente demasiado elevados”, disse Dietderich. “Portanto, nosso plano atual do Capítulo 11 não inclui a expectativa de qualquer recuperação de um ftx.com reiniciado.”