O que é o Drex
O Drex é a moeda digital do Banco Central — uma CBDC (Central Bank Digital Currency) emitida pela autoridade monetária, com paridade com o real e operação sob as mesmas regras do sistema financeiro. Diferentemente de criptomoedas privadas, será regulado e integrado à infraestrutura bancária brasileira.
Para que serve
Na largada, o Drex nasce como extensão digital do real, permitindo novas aplicações financeiras com rastreabilidade, interoperabilidade e custos potencialmente menores em serviços do dia a dia.
Lançamento em 2026 e cronograma por fases
O Banco Central confirmou o lançamento em 2026 com adoção gradual, priorizando estabilidade e segurança. A estratégia acompanha o ritmo de outros países que testam moedas digitais e evita mudanças bruscas para a população.
Primeira etapa: sem blockchain
A fase inicial não usará blockchain. O foco será em uma infraestrutura controlada pelo sistema financeiro para reconciliação de garantias de crédito — checar se um mesmo bem foi dado como garantia em diferentes bancos — reduzindo riscos e ampliando a segurança do crédito.
Evolução possível
No futuro, o projeto pode incorporar blockchain, tokenização e contratos inteligentes, conforme os testes avancem e o regulador valide o ganho de eficiência sem abrir mão da proteção ao usuário.
O que não muda e o que é mito
Com o anúncio e a mudança de escopo, circulam desinformações sobre o Drex. O BC já desmentiu os principais boatos e reforçou que:
- O dinheiro físico (cédulas e moedas) continuará existindo.
- Ninguém será obrigado a usar o Drex; a adesão será voluntária.
- Operações respeitarão sigilo bancário e a LGPD.
- Lançamento será gradual e cauteloso, com comunicação clara à população — a exemplo do Pix.
Por que isso importa para o seu bolso
A criação de uma moeda digital oficial tende a abrir espaço para:
- Produtos financeiros mais baratos e interoperáveis, graças à infraestrutura comum.
- Menos fraudes em garantias de crédito, com checagem unificada.
- Inovação em pagamentos e contratos, quando (e se) forem incorporadas camadas como tokenização.
Como se preparar
Para o investidor e para o usuário comum, o recado é acompanhar os comunicados oficiais e os pilotos que antecederão a expansão do Drex. A adoção será conservadora e em diálogo com o mercado, o que reduz o risco de rupturas e dá tempo para adaptação do setor financeiro e dos consumidores.