
O Bitcoin (BTC) voltou a operar sob intensa pressão e rompeu novamente a marca psicológica dos US$ 90 mil, atingindo mínima em US$ 84.734, em meio ao aumento global da aversão ao risco. A queda aprofundou o movimento negativo de novembro — o pior mês desde 2021 — com recuo de 17,56% no período e desvalorização superior a 7% em 2025 .
A correção se intensifica em um ambiente de maior correlação com o mercado acionário e menor apetite institucional por ativos de risco.
Pressões externas e internas ampliam perdas do BTC
Além do cenário macroeconômico adverso, fatores específicos do mercado cripto reforçam o pessimismo. Entre eles estão:
- Rebaixamento da Tether (USDT) pela S&P Global
- Possível exclusão de empresas com forte exposição a cripto dos índices MSCI
- Incertezas sobre movimentos de grandes corporações que acumulam BTC
- Queda de altcoins relevantes, incluindo Ether, que recuam em bloco
- Dados da CME indicando baixo interesse comprador em contratos futuros
Desde o topo histórico, o mercado cripto já perdeu mais de US$ 1 trilhão em valor agregado .
Sinais técnicos reforçam tendência de baixa
O Bitcoin enfrenta forte deterioração gráfica após marcar a máxima histórica em US$ 126.199. Desde então, rompeu suportes relevantes — incluindo a zona dos US$ 100 mil — e passou a negociar próximo dos US$ 86 mil, sem sinais de exaustão vendedora.
No curto prazo, analistas classificam o movimento como claramente baixista, com predominância dos vendedores e ausência de gatilhos consistentes para retomada.
Resistências importantes
Para recuperar força, o BTC teria de romper:
- US$ 93.160
- US$ 96.846
- US$ 99.692
- US$ 106.011
- US$ 111.592
Acima desses níveis, apenas um movimento mais amplo poderia reabrir caminho para a região da máxima histórica.
Suportes críticos
Caso a pressão permaneça, o rompimento da zona US$ 83.322 / US$ 80.734 pode levar o BTC aos próximos alvos:
- US$ 74.508
- US$ 68.775
- US$ 65.260
- US$ 58.946
Esses níveis são observados por quem busca entradas de médio prazo, mas dependem de melhora no fluxo comprador.
Pior mês desde 2021 reacende debate sobre ciclo de baixa
O BTC encerrou novembro com queda de 17,56%, primeiro grande recuo desde o ciclo negativo pós-2021. Em 2025, a criptomoeda já acumula mais de 7% de baixa, refletindo:
- Realização de lucros após a máxima histórica
- Saída de fluxo institucional
- Volatilidade externa e ajustes nos mercados globais
Para revertê-lo, seria necessário um rompimento consistente da zona US$ 94.261 / US$ 100.000, reabrindo espaço para resistências longas em US$ 106 mil, US$ 116.400 e a máxima histórica.
Até lá, o viés predominante continua negativo.