
Após um primeiro trimestre frustrante para os investidores, a Hypera (HYPE3) projeta uma forte recuperação nos próximos resultados. Em teleconferência de resultados, a gestão afirmou que espera que o sell-in (vendas B2B) retome a níveis normais em maio. Além disso, a companhia espera que a margem EBITDA se aproxime de patamares históricos nos próximos trimestres.
Apesar da reação positiva da ação, que subiu 17% desde a divulgação dos resultados, o mercado ainda mantém cautela. Segundo a análise do BTG Pactual, a principal dúvida é se a Hypera conseguirá sustentar o crescimento da receita e restaurar sua rentabilidade histórica.
Nesta segunda-feira (28), as ações #HYPE3 recuavam 1,75%, cotadas a R$ 23,61, por volta de 11h30 (horário de Brasília).
Desde meados de 2023, a companhia enfrenta desafios, especialmente na venda de medicamentos para gripe e dor, setores importantes do seu portfólio. O banco relembra que, mesmo com sell-out (venda para o consumidor final) abaixo da média do mercado, a empresa conseguiu manter margens EBITDA acima de 35%. Porém, a recente estratégia de otimização de capital de giro reduziu o sell-in e pressionou ainda mais as margens.
O que dizem os analistas sobre a Hypera?
Caso o plano de reestruturação seja bem-sucedido, os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim estimam um potencial de valorização de 40% a 50% no valor de mercado da Hypera, com a ação podendo ser negociada a um múltiplo de aproximadamente 6,5 vezes o lucro esperado para 2026.
Este cenário pressupõe a retomada do crescimento do sell-out para níveis da indústria, em torno de 12% ao ano, e a recuperação das margens para 35%.
Apesar das projeções, o banco ainda prefere manter uma postura de cautela para os papéis, com recomendação neutra.
No entanto, com as estimativas atualizadas, o preço-alvo da ação passou de R$ 24,00 para R$ 26,00 ao final de 2025. Nesta projeção, a ação pode crescer cerca de 18%.