As Bolsas de NY encerraram a semana em alta, marcando novos recordes impulsionados por sinais do Federal Reserve e pela retomada do diálogo entre EUA e China .
Federal Reserve sinaliza cortes de juros
Divergências internas sobre ritmo de afrouxamento
Os dirigentes do Fed enviaram mensagens diferentes ao mercado. Stephen Miran, indicado por Donald Trump, defendeu cortes mais agressivos, chegando a propor uma redução de 50 pontos-base. Já Neel Kashkari, de Minneapolis, pediu cautela, enquanto Mary Daly, de São Francisco, destacou que a recente decisão visou sustentar o mercado de trabalho .
Impacto nos investidores globais
Essas falas reforçaram a percepção de que o Fed adotará uma política menos restritiva, o que tende a sustentar ativos de risco. Como destacou o BMO Economics, uma política monetária mais branda ajuda a justificar valuations elevados em Wall Street .
Reflexos nos principais índices
O Dow Jones avançou 0,37%, a 46.315,27 pontos, o Nasdaq subiu 0,72% e o S&P 500 também fechou em alta, acumulando ganhos semanais de até 2,21% .
Trump e Xi Jinping retomam diálogo estratégico
Conversa considerada produtiva
Após semanas de incertezas, Donald Trump e Xi Jinping conversaram sobre comércio e tecnologia. Segundo Trump, Pequim teria aprovado o acordo do TikTok, embora sem detalhes adicionais. O tom mais conciliador trouxe alívio aos mercados .
Relevância para as Bolsas de NY
O estreitamento das relações sino-americanas tem peso decisivo sobre Wall Street. Investidores monitoram de perto não apenas as tarifas comerciais, mas também o impacto das decisões sobre empresas de tecnologia listadas nos EUA.
Conexão com investidores brasileiros
Para Fábio Murad, CEO da SpaceMoney e criador do método Super ETF, “o investidor brasileiro precisa aprender que movimentos em Washington e Pequim impactam diretamente seu patrimônio. Estar exposto às Bolsas de NY é uma forma de transformar volatilidade em oportunidade”.
Ações em destaque no pregão
Apple dispara com lançamento do iPhone 17
As ações da Apple saltaram 3,20% após a estreia do iPhone 17 e a notícia de que fornecedores foram instruídos a aumentar em 30% a produção .
Intel recua após forte volatilidade
Depois de disparar quase 23% no dia anterior, a Intel devolveu parte dos ganhos, caindo 3,24%. Já a Nvidia manteve estabilidade com leve avanço de 0,24% .
Setores diversos animam investidores
FedEx subiu 2,32% após divulgar resultados acima do esperado, com receita de US$ 22 bilhões. A diversificação dos ganhos reforçou a confiança no crescimento corporativo.
O que dizem os clássicos sobre o movimento
Perspectiva de longo prazo
Segundo John Bogle, criador da Vanguard e referência mundial em investimentos, os movimentos de curto prazo das Bolsas de NY devem ser encarados como “ruído”. O que importa, afirma, é a consistência dos resultados das empresas no longo prazo.
Disciplina acima da especulação
A mensagem de Bogle se conecta ao método Super ETF de Murad: ambos ressaltam que riqueza se constrói com disciplina, diversificação e foco no longo prazo, e não tentando prever cada oscilação de mercado.
Proteção contra instabilidade local
Murad reforça: “dolarizar parte da carteira é mais do que buscar retorno; é se proteger da fragilidade estrutural do real e do risco político brasileiro”.
Por que as Bolsas de NY importam para o investidor brasileiro
Risco cambial e diversificação
O real acumula perda estrutural frente ao dólar desde 1994. Nesse cenário, investir em ativos americanos permite preservar poder de compra e reduzir exposição ao risco local.
ETFs como porta de entrada
ETFs atrelados ao S&P 500 ou ao Nasdaq oferecem acesso simples e barato às maiores empresas do mundo. Para Bogle, essa é a forma mais eficiente de garantir a “sua parte justa” dos retornos do mercado.
Oportunidade estratégica
As recentes máximas das Bolsas de NY lembram que, embora voláteis, os mercados globais são fontes de crescimento. Para quem aplica de forma passiva e recorrente, os recordes são menos um ponto de entrada e mais a confirmação de que o tempo é o maior aliado.