Moeda física de bitcoin iluminada em verde, indicando recuperação do mercado.
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O Bitcoin (BTC) voltou a operar em alta nesta terça-feira (18), retomando o patamar acima de US$ 90 mil, após ter recuado durante a madrugada ao menor nível desde abril. Às 17h (horário de Brasília), a criptomoeda avançava 1,37%, negociada a US$ 93.188,74, enquanto o ethereum subia 5,34%, a US$ 3.146,61, segundo dados da Coinbase.

Mais cedo, o BTC chegou a US$ 89.253,78, queda que representou uma correção de cerca de 30% em relação à máxima histórica recente, registrada no mês anterior, acima de US$ 126 mil. A FxPro destacou que o movimento negativo atingiu também ethereum e XRP.

Sentimento global influencia mercado de criptoativos

O movimento ocorreu em linha com a piora do apetite ao risco nos mercados acionários globais, em meio a temores de sobrevalorização de empresas de tecnologia. A deterioração do cenário contribuiu para ampliar a volatilidade entre os ativos digitais, segundo analistas.

Com a retomada da publicação de dados econômicos nos EUA, após o fim do shutdown, investidores passaram a buscar indicações mais claras sobre o rumo da política monetária. Entre os indicadores divulgados no dia estavam solicitações de auxílio-desemprego, além de índices do setor industrial e de construção.

Expectativa por dados do Fed e payroll mantém volatilidade

Segundo a analista Carolane de Palmas, da ActivTrades, o bitcoin deve seguir vulnerável caso o Federal Reserve não sinalize maior clareza em relação à trajetória dos juros. O mercado agora aguarda o relatório de emprego (payroll), que será divulgado na quinta-feira e pode alterar expectativas sobre futuras decisões do Fed.

Também no radar, a Arábia Saudita indicou disposição para elevar investimentos nos Estados Unidos para US$ 1 trilhão, fator que adiciona volatilidade ao ambiente macroeconômico global.