Criptomoedas

Bitcoin em queda: suporte de US$ 112 mil é testado em meio a liquidações bilionárias

Bitcoin cai a US$ 112 mil, liquidações bilionárias sacodem o mercado e suporte crucial está em risco.

Leitura: 5 Minutos
Gráfico de Bitcoin em queda acentuada, testando suporte na faixa dos US$ 112 mil
Bitcoin recua para US$ 112 mil com forte liquidação de contratos futuros. (Fonte: Canva)

Na manhã desta segunda-feira (22), o Bitcoin (BTC) era negociado próximo a US$ 112 mil, acumulando queda superior a 2% desde a abertura. O movimento negativo arrastou o restante do mercado cripto, que também operava no vermelho. Segundo a Coinglass, mais de US$ 1,7 bilhão em contratos futuros foram liquidados nas últimas 24 horas, a maioria em posições de alta (longs), ampliando a pressão sobre os preços.


Mercado global de criptomoedas em alerta

Efeito dominó nas altcoins

Ethereum, Solana e Cardano sofreram quedas ainda mais acentuadas, com recuos entre 6% e 7% nas últimas 24 horas.

Liquidações em massa

A liquidação bilionária afetou investidores alavancados, derrubando ativos sem notícias específicas que justificassem o movimento.

Dogecoin e XRP em queda

Moedas populares como DOGE e XRP também amargaram perdas acima de 5%, reforçando o clima de aversão ao risco.

Stablecoins estáveis

Enquanto isso, Tether (USDT) e USD Coin (USDC) permaneceram estáveis, reforçando a busca por refúgio em meio à turbulência.

Correlação com bolsas

Diferente do cenário cripto, bolsas asiáticas e europeias iniciaram o dia em alta, enquanto os futuros de Wall Street abriram em baixa.


Bitcoin sob análise técnica

Suportes próximos

De acordo com a Bitunix, as zonas de suporte mais relevantes estão entre US$ 113 mil e US$ 111 mil, regiões onde há maior concentração de ordens de compra.

Possibilidade de queda maior

Se a pressão vendedora continuar, o BTC pode buscar níveis ainda mais baixos, testando a faixa dos US$ 108 mil.

Limpeza de mercado

Analistas classificam o movimento atual como uma “limpeza” de posições alavancadas, necessária para equilibrar o mercado.

Longo prazo

Apesar da volatilidade, especialistas destacam que a redução da alavancagem tende a fortalecer o mercado no médio prazo.

Comparativo histórico

Movimentos similares ocorreram em ciclos anteriores do Bitcoin, normalmente antecedendo fases de recuperação mais sustentáveis.


Altcoins: desempenho das principais criptos

Ethereum (ETH)

O segundo maior ativo do mercado recuava mais de 6%, negociado a US$ 4,1 mil.

Solana (SOL)

Entre as maiores quedas do dia, a Solana perdia mais de 7%, pressionada por liquidações em massa.

Cardano (ADA)

A ADA recuava quase 7%, reforçando o sentimento negativo entre investidores.

Dogecoin (DOGE)

A memecoin mais popular do mundo sofreu queda de 10%, um dos piores desempenhos da sessão.

Binance Coin (BNB)

Apesar das quedas generalizadas, a BNB limitava as perdas em cerca de 3,4% e ainda acumulava alta no mês.


Investidores em busca de sinais

Agenda econômica

O mercado acompanha com atenção a divulgação da inflação ao consumidor dos EUA, marcada para sexta-feira.

Política monetária

A expectativa em torno de novos cortes de juros pelo Federal Reserve influencia diretamente o apetite por risco.

Geopolítica em foco

A instabilidade global, com conflitos e tensões comerciais, também pressiona ativos de risco como o Bitcoin.

Cautela com alavancagem

Após liquidações bilionárias, cresce o alerta sobre o uso excessivo de derivativos no mercado cripto.

Perspectivas do mercado

Analistas reforçam que os próximos dias serão decisivos para definir se o BTC consolidará suporte ou seguirá em queda.


Comparativo com outros ativos

Ouro estável

Enquanto o Bitcoin caía, o ouro mantinha estabilidade, reforçando seu papel como porto seguro tradicional.

Dólar em alta

O dólar globalmente forte ampliou a pressão sobre ativos de risco, inclusive criptomoedas.

Bolsas internacionais

Índices acionários ainda resistem melhor, mas já mostram sinais de cautela em meio a expectativas sobre juros.

Minério e petróleo

Commodities tradicionais tiveram movimentos mistos, sem influência direta no mercado cripto.

Correlação histórica

Nos últimos meses, o Bitcoin tem mostrado maior sensibilidade ao dólar e à política monetária do que ao mercado acionário.


O que esperar do Bitcoin nos próximos dias

Teste de resistência

Se o BTC conseguir se manter acima dos US$ 111 mil, pode evitar quedas mais profundas.

Risco de novas liquidações

Caso a pressão vendedora se intensifique, novas liquidações podem levar a preços abaixo dos US$ 110 mil.

Olho na inflação dos EUA

O dado do PCE, previsto para sexta, será determinante para balizar expectativas de juros e risco global.

Sentimento dos investidores

O “medo” volta a dominar o índice de sentimento cripto, indicando cautela generalizada.

Perspectiva de médio prazo

Apesar da queda, a leitura de especialistas é que o BTC mantém fundamentos sólidos para o próximo ciclo de valorização.