Bitcoin em queda com cotação de US$ 107 mil e mercado cripto em baixa.
Bitcoin é negociado em queda nesta quarta-feira (22), acompanhando o movimento negativo do mercado cripto global. (Fonte: Canva)

O Bitcoin (BTC) é negociado em torno de US$ 107 mil na manhã desta quarta-feira (22), com queda de 0,9% nas primeiras horas do dia. O movimento acompanha o desempenho negativo do mercado global de criptomoedas, que opera no vermelho após balanços abaixo do esperado de grandes empresas de tecnologia.

Contexto global pesa no mercado

O cenário internacional segue pressionado. As bolsas asiáticas encerraram em queda, enquanto os mercados europeus e os índices futuros de Wall Street mostram desempenho misto.

A incerteza é reforçada pela crise fiscal nos Estados Unidos, com o governo em shutdown há 22 dias, e pela escalada das tensões entre Israel e o Hamas, fatores que aumentam a aversão ao risco entre investidores.

Principais criptomoedas

Segundo dados do CoinMarketCap, as dez maiores criptomoedas do mundo também recuam nesta quarta-feira:

CriptomoedaPreço (US$)Variação 24h
Bitcoin (BTC)107.594,04-0,89%
Ethereum (ETH)3.825,43-1,74%
BNB (BNB)1.069,84-0,84%
XRP (XRP)2,39-1,33%
Solana (SOL)185,35-0,54%
Dogecoin (DOGE)0,1910-1,76%
Cardano (ADA)0,6351-1,57%

Apenas as stablecoins Tether (USDT) e USD Coin (USDC) mantêm estabilidade, cotadas próximas de US$ 1,00, o que reflete o movimento típico de proteção em dias de queda.

Impacto dos balanços corporativos

O humor dos investidores também foi afetado pelo balanço trimestral da Netflix, que apresentou lucro líquido de US$ 2,5 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 3 bilhões, segundo a LSEG. As ações da empresa caíram mais de 6% no pré-mercado em Nova York.

Como ativos digitais ainda são amplamente associados ao setor de tecnologia, as más notícias corporativas tendem a repercutir no mercado cripto, ampliando a volatilidade.

Perspectivas

Analistas apontam que a temporada de balanços deve continuar a influenciar o desempenho das criptomoedas nos próximos dias.

Enquanto isso, investidores seguem atentos aos desdobramentos do shutdown nos EUA e às tensões geopolíticas no Oriente Médio, fatores que podem continuar limitando o apetite por risco no curto prazo.