quarta, 01 de maio de 2024
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Viver (VIVR3): Bellagio assume R$ 121,12 milhões em passivos em troca de ações

Operação visa readequação financeira, com aprovação de aumento de capital social e emissão de bônus de subscrição

15 janeiro 2024 - 11h10Por Lucas de Andrade
Business Center em São Paulo, construído pela ViverBusiness Center em São Paulo, construído pela Viver - Crédito: Viver

Na última sexta-feira (12), o conselho de administração da Viver (VIVR3) aprovou a celebração de um contrato com o Bellagio Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Responsabilidade Limitada.

O documento regula os termos e condições para a aquisição, pelo Fundo Bellagio, da totalidade das cotas sociais de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), e, indiretamente, por consequência, a totalidade das cotas sociais de mais nove SPEs e a totalidade das cotas sociais de uma Sociedade Sub-Holding.

Ou seja, onze empresas envolvidas na presente operação, as quais detêm passivos em valor contábil de R$ 121.125.480,63.

O preço-base em contrapartida à cessão e transferência da totalidade das cotas sociais da sociedade se sujeita a ajuste nos termos e condições do contrato, em favor da companhia ou do Fundo Bellagio, com base no valor dos passivos das sociedades envolvidas na operação, a ser apurado em auditoria a ser conduzida por terceiros independentes a ser realizada após o fechamento da presente operação, e o valor do ajuste de preço garantido nos termos do contrato.

Ainda, os créditos atualmente detidos pelas SPEs em face da companhia, que perfazem o montante global de R$ 119.896.012,60, serão extintos sem desembolso de recursos da companhia, em vista que:

  • - i) o montante correspondente a 15% (quinze por cento) de tais créditos serão capitalizados na companhia, com a consequente emissão de ações em valor correspondente ao montante descrito, de modo que sejam entregues aos titulares de referidos créditos às novas ações de emissão da Companhia, conforme emitidas no contexto; ou os recursos provenientes do exercício do direito de preferência na subscrição de referidas novas ações; e
  • - ii) o montante corresponde a 85% de tais créditos serão quitados mediante a entrega, aos titulares de referidos créditos, de Bônus de
    Subscrição de emissão da Companhia ou com os recursos provenientes do exercício do direito de preferência na subscrição de referidos Bônus de Subscrição, que serão emitidos na forma de Certificados.

 

Para fins de esclarecimento aos acionistas e mercado em geral, a companhia informa que as SPEs possuem passivos. A companhia visa deixar de ter relação e responsabilidade com os referidos passivos, e reduzir o passivo em seu balanço patrimonial consolidado.

 

Com isso, a companhia visa readequar sua estrutura de capital e promover medidas que lhe permitam reduzir a gestão dos passivos existentes, cujos efeitos são a melhora do patrimônio líquido, e a maior robustez patrimonial somada ao menor comprometimento de sua liquidez no tempo.

A exclusão do legado de passivos e processos do controle da companhia permite também que a gestão concentre mais esforços e iniciativas no seu core business, com objetivo ao fomento de sua atividade econômica e, consequentemente, da melhora de seus índices financeiros, inclusive seu resultado (bottom line).

Em consonância com o quanto acima informado, ainda na presente data, o conselho de administração da companhia aprovou:

  • - i) um aumento de capital social, dentro do limite de capital autorizado, no valor de R$ 17.984.401,40, mediante a emissão de 3.670.286 ações ordinárias, todas escriturais e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 4,90 por ação, que conferirão os mesmos direitos atribuídos às ações da companhia atualmente. O preço de emissão foi fixado; e
  • - ii) a emissão de 5.199.572 Bônus de Subscrição, cada um a conferir o direito de subscrever quatro ações de emissão da companhia, com base no capital autorizado. Cada bônus possui o valor de subscrição/alienação de R$ 19,60, um total de R$ 101.911.611,20, sempre observado o direito de preferência dos acionistas da Companhia.
     

 

A companhia informa que vai haver o direito de opção de compra dos referidos Bônus de Subscrição em determinadas situações e janelas pré-estabelecidas no âmbito do Contrato e do Certificado, de forma a tornar a operação neutra para efeito de diluição dos acionistas.

Assim, se o valor médio da cotação da ação de emissão da Companhia for superior ao Preço de Emissão corrigido pelo CDI + 3% (três por cento) dentro de determinadas janelas, a companhia pode exercer a opção de comprar a totalidade dos Bônus de Subscrição emitidos.