Nesta sexta-feira (29), o Ibovespa encerrou em alta de 0,86%, aos 125.676,39 pontos.
Haddad diz confiar em ‘reancoragem’ de expectativas após reação negativa do mercado
ATUALIZAÇÕES DAS OSCILAÇÕES DO IBOVESPA:
- – 10:09: Ibovespa: +0,17%, aos 124.821,69 pontos.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 28 de novembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em queda de 2,46%, aos 124.531,28 pontos.
Brasil
Nesta sexta-feira (29), o mercado financeiro local observa a taxa de desemprego no terceiro trimestre, com a divulgação do PNAD pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, investidores digerem o relatório mensal da dívida pública e o primário do setor público consolidado em outubro.
Corte de gastos
Na última quinta-feira (28), a coletiva de Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, e da equipe econômica não conseguiu conter a turbulência no mercado financeiro.
Economistas questionam a estimativa de economia de R$ 70 bilhões ao indicar um impacto menor, insuficiente e com baixa confiança em sua aprovação no Congresso Nacional, apesar dos compromissos de Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal.
Entre os pontos polêmicos estão a compensação da reforma do Imposto de Renda (IR), que isenta até R$ 5.000,00 e implica em uma renúncia estimada em R$ 35 bilhões.
Existem incertezas sobre o aumento da tributação dos mais ricos.
Medidas como o reajuste limitado do salário mínimo e o abono salarial foram vistas como positivas, mas o mercado financeiro desaprovou a manutenção dos pisos para Saúde e Educação, que afetam o arcabouço fiscal.
Projeções de economia variam. A Warren Investimentos estima R$ 45 bilhões e o Itaú projeta R$ 53,0 milhões.
Segundo Felipe Miranda, economista da Empiricus Investimentos, as medidas são paliativas e demandarão reformas mais profundas a partir de 2027.
Diante disso, o dólar atravessou o patamar de R$ 6,00 e as expectativas de uma taxa básica de juros Selic terminal a 14,75%, com inflação em alta, aumentaram.
Fernando Haddad, ministros e diretores do Banco Central (BC) reúnem-se com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta sexta-feira, 29 de novembro.
Meta de inflação
O futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, adotou um discurso firme em evento em São Paulo (SP), ao reforçar o compromisso com a meta de inflação e a necessidade de manter a taxa básica de juros Selic em nível restritivo pelo tempo necessário.
Ele destacou a independência do BC e afirmou que elevar juros seria uma medida normal em mandatos de quatro anos, e, com isso, criticou concessões políticas.
Galípolo alertou que o real depreciado e a economia aquecida justificam juros elevados para evitar impactos inflacionários mais graves.
O discurso ocorre em meio a tensões provocadas por declarações do ministro Rui Costa (PT-BA)(Casa Civil), que acusou o atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de “boicotar o governo”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também defendeu o pacote fiscal como essencial para controlar despesas e garantir o cumprimento do arcabouço fiscal, enquanto se prepara para indicar novos diretores para o Banco Central (BC).
EUA
Nesta sexta-feira (29), o mercado norte-americano permanece com sua agenda de indicadores econômicos esvaziada após o feriado de Thanksgiving.
Europa
França – O Produto Interno Bruto (PIB) da França cresceu 0,4% no terceiro trimestre de 2024 ante os três meses anteriores, segundo pesquisa final divulgada nesta sexta-feira (29), pelo Insee, o instituto de estatísticas do País.
O resultado não foi revisado ante o dado preliminar.
No segundo trimestre, a expansão da economia francesa foi de 0,2% ante os primeiros três meses do ano.
O desempenho foi impulsionado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, informou o Insee.
Zona do Euro – Na região da Zona do Euro, os mercados se atentam para a principal divulgação: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro.