Painel digital com “Dow Jones, S&P 500, Nasdaq, Ibovespa” representando alta do mercado
Principais índices globais e Ibovespa: sessão de alta em São Paulo e em Nova York. (Fonte: Gemini Pro)

O Ibovespa encerrou a segunda-feira (20) com alta de 0,77%, aos 144.509,32 pontos, adicionando 1.110,69 pontos na sessão. Na máxima, o índice tocou 145.216,08, e na mínima, 143.396,41. O giro financeiro somou R$ 18,30 bilhões.

O movimento local acompanhou o bom humor externo. Em Nova York, Dow Jones +1,12%, S&P 500 +1,07% e Nasdaq +1,37%, embalados por otimismo com os balanços da semana e sinais de alívio no impasse do orçamento nos EUA.

O dólar comercial caiu pela quarta sessão seguida, recuando 0,63%, a R$ 5,371 (venda). No futuro, o DOLFUT fechou com -0,61%. O índice DXY avançou 0,19% para 98,62 pontos, na contramão do real.

Na curva de juros, os DIs cederam ao longo de toda a extensão. Destaque para DI1F29 (-0,105 pp, a 13,225%) e DI1F28 (-0,095 pp, a 13,265%), em dia de agenda doméstica mais esvaziada.

Entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) subiu 1,28% e figurou entre os ativos mais negociados, ajudando a sustentar o Ibovespa mesmo com Petrobras (PETR4) oscilando e fechando +0,07%. As ações reagiram à redução da gasolina nas distribuidoras em 4,9% (para R$ 2,71/litro), corte visto como abaixo do esperado por casas de análise.

Nos bancos, o tom foi positivo: Bradesco (BBDC4) +1,87%, Itaú (ITUB4) +1,79%, Santander (SANB11) +2,48%. Banco do Brasil (BBAS3) destoou, com -0,62%. O fluxo comprador também se espalhou por consumo: Lojas Renner (LREN3) +0,42%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) -0,71%.

No lado das maiores variações, COGN3 liderou as altas do dia (+4,78%), seguida por CSNA3 (+4,56%), NATU3 (+4,53%), YDUQ3 (+4,34%) e CMIN3 (+4,30%). Nas quedas, FLRY3 puxou o freio com -4,30%, à frente de PRIO3 (-1,97%), VAMO3 (-1,69%), WEGE3 (-1,52%) e AURE3 (-1,19%).

No noticiário corporativo, Fleury (FLRY3) negou decisão sobre eventual combinação de negócios com a Rede D’Or (RDOR3), mas os papéis reagiram mal e caíram 4,30%; RDOR3 fechou +0,69%. O tema seguiu no radar ao longo do pregão.

A Petrobras também esteve no foco após obter licença do Ibama para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, movimento que fomentou comentários sobre os próximos leilões do pré-sal. Ao mesmo tempo, o corte da gasolina, embora positivo para a inflação, foi classificado como tímido por análises setoriais.

No exterior, ouro voltou a brilhar como proteção e fechou com +3,46% na Comex, a US$ 4.359,4/oz-t para dezembro. Petróleo recuou: Brent -0,46% (US$ 61,01) e WTI -0,03% (US$ 57,52), refletindo sinais de melhora no pano de fundo comercial entre EUA e China.

No campo político-econômico, uma entrevista do diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, reforçou a expectativa de fim do shutdown ainda nesta semana. Já Donald Trump acenou com acordo “justo” com a China e disse planejar visitar Pequim no início de 2026, mensagens que ajudaram a desmontar parte do prêmio de risco.

Na Europa, as bolsas acompanharam Wall Street em alta, com impulso de setores de defesa, tecnologia e recursos básicos. O SMLL no Brasil subiu 1,00% (2.169,73 pts), o BDRX avançou 0,59% e o IFIX recuou 0,28% (3.567,66 pts), na mínima do dia.

Tecnicamente, o Ibovespa retomou a região dos 144 mil pontos e chegou a flertar com 145 mil ao longo da tarde. A sustentação por commodities metálicas e bancos ajudou a suavizar a volatilidade trazida por intermitências da AWS que afetaram serviços online e relatos pontuais de instabilidade em meios de pagamento.

No câmbio, a quarta queda seguida do dólar frente ao real ocorreu na contramão do movimento global, sugerindo impacto de fluxo local e leitura benigna sobre o balanço de riscos no curtíssimo prazo.

Para a agenda, a terça-feira tende a ser mais magra em indicadores, abrindo espaço para que balanços do 3T25 e o noticiário macro externo sigam ditando o ritmo. O humor, por ora, é de que a trégua tarifária e o desfecho do impasse fiscal nos EUA podem manter o apetite a risco calibrado.

No acumulado do mês, outubro segue -1,18%, e no ano o Ibovespa soma +20,14%. Na abertura da semana, o saldo é +0,77%.

Entre os futuros, WINZ25 avançou 0,68% (147.445 pts) e WDOX25 cedeu 0,64% (5.391,00). Bitcoin Futuro fechou +2,87% (600.740,00).

No comércio exterior, a balança de outubro tem superávit de US$ 3,298 bi até agora; no ano, saldo de US$ 48,776 bi. Os números ajudaram a compor um pano de fundo benigno para ativos domésticos.

Em Brasília, a CNM pediu que o STF leve ao plenário físico a ação sobre desoneração da folha para 17 setores e municípios até 156 mil habitantes—tema sensível para a dinâmica fiscal e o emprego.


Fechamento do dia

  • Ibovespa: 144.509,32 (+0,77%)
  • Máx./Mín.: 145.216,08 / 143.396,41
  • Volume: R$ 18,30 bi
  • Dólar à vista: R$ 5,371 (-0,63%)
  • IFIX: 3.567,66 (-0,28%)
  • SMLL: 2.169,73 (+1,00%)

Maiores altas e quedas

  • Altas: COGN3 (+4,78%), CSNA3 (+4,56%), NATU3 (+4,53%), YDUQ3 (+4,34%), CMIN3 (+4,30%)
  • Quedas: FLRY3 (-4,30%), PRIO3 (-1,97%), VAMO3 (-1,69%), WEGE3 (-1,52%), AURE3 (-1,19%)

Blue chips e bancos

  • VALE3: +1,28%
  • PETR4: +0,07%
  • BBDC4: +1,87% | ITUB4: +1,79% | SANB11: +2,48% | BBAS3: -0,62%

Commodities e NY

  • Brent (dez): US$ 61,01 (-0,46%) | WTI (nov): US$ 57,52 (-0,03%)
  • Ouro (dez): US$ 4.359,4/oz-t (+3,46%)
  • Dow Jones: +1,12% | S&P 500: +1,07% | Nasdaq: +1,37%