Máxima Histórica

Ibovespa dispara com corte do Fed e toca 146 mil pontos pela 1ª vez

Índice bate recorde intradiário e fecha em alta após corte de 0,25 p.p. do Fed.

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Ibovespa atinge 146 mil pontos após corte do Fed
Painel da B3 em dia de corte do Fed e recorde do Ibovespa a 146 mil pontos. (Fonte: Gemini Pro)

Panorama: recorde intradiário e euforia moderada

O Ibovespa bateu 146.239,50 pontos, cravando a máxima histórica intradiária após o anúncio do Federal Reserve (Fed) de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa dos EUA, para 4,00%-4,25%.
Perto do fechamento, o Ibovespa Futuro rondou 146.970 pontos e os juros futuros (DIs) cederam ao longo da curva, sinalizando alívio nos prêmios.

No ajuste final, a prévia de fechamento do índice apontou +0,93%, a 145.404,61 pontos — o maior patamar de encerramento até então.

Fed corta e projeta mais reduções

O Fed realizou o primeiro corte em nove meses e indicou, pelo chamado dot plot, mais 0,50 p.p. de afrouxamento até dezembro. Para 2026 e 2027, sinalizou 0,25 p.p. adicional por ano.
As projeções oficiais também mostraram PIB de 1,6% em 2025, PCE em 3,0% e desemprego em 4,5%.

Em entrevista, Jerome Powell descreveu a decisão como um “corte de gestão de risco”, reforçou a independência do Fed e disse não haver apoio para -0,50 p.p. na reunião.

Dólar e juros: volatilidade controlada

Após a decisão, o dólar à vista virou para queda momentânea e depois oscilou próximo da estabilidade; no fim da tarde, tinha leve alta de 0,03% a R$ 5,299.
Os juros futuros recuaram pela curva, com alívio mais visível nos vértices médios e longos.

Ações em destaque

Entre as maiores altas do dia, Raia Drogasil (RADL3) figurou com ganhos acima de 6%; Magazine Luiza (MGLU3) avançou 5,31% e foi a ação mais negociada. Já Marfrig (MRFG3) liderou as quedas.

Contexto local: Copom no radar e fluxo estrangeiro

No Brasil, o mercado acompanha o Copom, com expectativa dominante de manutenção da Selic em 15%. O tom do comunicado e as projeções de inflação tendem a mexer com bolsa, câmbio e DIs, inclusive via fluxo estrangeiro.

Lá fora: volatilidade em Nova York e VIX

Após o anúncio, os índices em Nova York fecharam mistos e o VIX virou para queda.


Por que importa

  • Juros globais em queda sustentam a precificação de ativos de risco e favorecem emergentes como o Brasil.
  • Recorde do Ibovespa reforça o papel do corte do Fed como gatilho de curto prazo, mas a comunicação do BC brasileiro seguirá decisiva para a continuidade do rali.

Ficha do dia

  • Máxima intradiária: 146.239,50 pontos (recorde)
  • Prévia de fechamento: 145.404,61 pontos, +0,93%
  • Decisão do Fed: -0,25 p.p., para 4,00%-4,25%