sábado, 27 de abril de 2024
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IBOVESPA HOJE - Boletim Focus e IPCA no radar; com dividendos extra da Petrobras (PETR4) e +

Confira os fatores que influenciam o principal índice acionário da Bolsa nesta terça-feira (12)

12 março 2024 - 17h14Por Redação SpaceMoney
B3B3 - Crédito: Paulo Whitaker, para a agência Reuters

Nesta terça-feira (12), grandes companhias do Ibovespa dão sequência a temporada de balanços financeiros do quarto trimestre, como Energisa (ENGI11) e Randoncorp (RAPT4), que divulgam resultado após fechamento de mercado.

Além disso, as projeções para inflação (IPCA), taxa básica de juros (Selic), PIB e Dólar divulgadas hoje pelo Banco Central (BC) através do Boletim Focus, e o IPCA de fevereiro pelo IBGE, devem influenciar as movimentações na Bolsa.

 

Veja a agenda completa de indicadores econômicos desta terça-feira (12):

  • - às 8:25 saiu o Boletim Focus, com previsões de economistas ouvidos pelo Banco Central (BC), para o PIB, IPCA, Dólar e Selic em 2024, 2025 e 2026;
  • - uma hora depois, às 9:00, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o IPCA (inflação) de fevereiro;
  • - Já às 10:00, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga o índice de confiança do empresário industrial em março.  

 

Nesta terça-feira (12), o Ibovespa encerrou em alta de 1,22%, aos 127.667,84 pontos.

 

ATUALIZAÇÕES:

  • - 14:20: Ibovespa: +1,08%, aos 127.485 pontos. 
  • - 10:12: Ibovespa: +0,83%, aos 127.165 pontos.
  • - 10:06: Ibovespa: +0,26%, aos 126.450 pontos.
  • - 10:04: Ibovespa: +0,00%, aos 126.120 pontos.
  • - 09:46: Ibovespa Futuro: +0,97%, aos 128.750 pontos.
  • - 09:32: Ibovespa Futuro: +0,88%, aos 128.630 pontos.
  • - 09:06: Ibovespa Futuro: +0,65%, aos 128.335 pontos.
  • - 09:02: Ibovespa Futuro: +0,46%, aos 128.100 pontos.

 

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa:

 

Petrobras (PETR3)(PETR4)

O mercado brasileiro segue influenciado pela polêmica da Petrobras (PETR3)(PETR4).

A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o CEO da companhia, Jean Paul Prates, e os ministros Alexandre Silveira, Rui Costa e Fernando Haddad não terminou como os mais otimistas esperavam, com a liberação dos dividendos extraordinários que foram retidos.

Com isso, no after hours em Nova York, o ADR de Petrobras operou sem euforia (0,75%) ontem à noite, após a entrevista de Silveira e Haddad, onde eles admitiram que esses recursos ainda poderão ser distribuídos, “em parte ou na totalidade, em algum momento”.

Na coletiva, a informação de que o Ministério da Fazenda deve ter um assento no conselho de administração estatal também ajudou um pouco, já que Haddad tem sido visto como o interlocutor de confiança do mercado financeiro dentro do governo do PT.

Mas os sinais claros de interferência do Planalto na gestão da empresa não permitem que as ações recuperem as perdas acumuladas de 13,00% desde a última quinta-feira. 

A certeza de que o presidente Lula não abre mão de recuperar a política de superinvestimentos da Petrobras, confirmada na entrevista para o SBT, se mantém como fator de incerteza para o investidor, que teme por um déjà-vu do que ocorreu no governo Dilma Rousseff.

Haddad e Silveira disseram que os dividendos extraordinários vão ficar no caixa da Petrobras, guardados em uma conta remunerada, até que se tenha a certeza de que a sua distribuição não prejudique os planos de investimento da empresa.

A Lei das S/A veda o uso desses recursos para investimentos, mas parte do governo acha que não funciona bem assim e busca uma brecha. No mínimo, um caixa mais robusto pode dar mais solidez aos indicadores da empresa e facilitar novos financiamentos para investir.

Ainda na entrevista ao lado de Silveira, Haddad admitiu que o Tesouro Nacional não reclamaria se recebesse dividendos extraordinários (até R$ 12 bilhões), mas que a decisão de reter esses recursos não prejudicaria a meta fiscal.

Isso porque a Fazenda apenas contava com os dividendos ordinários, afirmou o ministro Haddad.

Por outro lado, o próprio Alexandre Silveira descartou uma demissão de Prates, e afirmou que a medida não passa de “grande especulação”.

Já o presidente da petroleira, em declaração antes de embarcar de volta para o Rio de Janeiro (RJ), confirmou que fica, mas que não fala mais sobre os dividendos e disse que apenas o ministro das Minas e Energia comenta sobre o assunto.

Só isso já seria uma prova de ingerência política na companhia, assim como a fala de Lula ao SBT, em que afirmou que manteve uma “conversa séria com a direção da Petrobras e vamos baixar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha”.

O tom político-eleitoral do presidente, que enfrenta uma baixa na popularidade, apareceu em outra declaração, quando voltou a criticar Campos Neto por causa da taxa de juros. “Não há nada além de teimosia desse cidadão para manter os juros nesse patamar.”

O presidente ignora o fato de que dois diretores indicados por ele para o BC votam em sintonia com todo o colegiado.

As informações são das jornalistas Rosa Riscala e Mariana Ciscato para o site Bom Dia Mercado.

Meta fiscal

Técnicos do governo ouvidos pela site Exame afirmaram que a equipe econômica já estima um déficit fiscal equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), ao invés de zero, no relatório bimestral de receitas e despesas, que sai no próximo dia 22 de março.

A previsão contraria o consenso no mercado de que a mudança na meta pode ficar para maio.

As informações são das jornalistas Rosa Riscala e Mariana Ciscato para o site Bom Dia Mercado.

 

No exterior...

EUA

Na agenda econômica dos Estados Unidos, os destaques são:

 

CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor), divulgado pelo Departamento do Trabalho norte-namericano:

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,4% em fevereiro, contra uma taxa de 0,3% em janeiro. Em comparação a fevereiro do ano passado, a inflação ficou em 3,2%, uma alta em relação aos 3,1% do mês anterior.

 

  • - Já às 15:00, temos o resultado fiscal mensal de fevereiro.

 

Europa

Alemanha - A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da Alemanha desacelerou para 2,5% em fevereiro, ante 2,9% em janeiro, o menor nível desde junho de 2021, segundo dados finais divulgados nesta terça-feira (12) pelo Destatis, escritório de estatísticas do País.

Na comparação mensal, o CPI alemão subiu 0,4% em fevereiro.

Os resultados confirmaram estimativas preliminares e vieram em linha com as projeções de analistas consultados pela FactSet.

As informações são das jornalistas Rosa Riscala e Mariana Ciscato para o site Bom Dia Mercado.

 

Ásia

China - O presidente do BoJ (banco central chines), Kazuo Ueda, disse que, embora algumas estatísticas ainda mostrem sinais de fraqueza, a economia japonesa continua a se recuperar gradualmente.

O comentário vem em meio a especulações de traders sobre possível elevação do juro pelo BoJ já na reunião de política monetária da semana que vem, o que colocaria um fim ao longo período de política ultraflexível.

De seu lado, o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, afirmou que a economia ainda não superou completamente a deflação, embora haja alguns desenvolvimentos positivos: crescimento salarial e o aumento dos gastos de capital.

As informações são das jornalistas Rosa Riscala e Mariana Ciscato para o site Bom Dia Mercado.