segunda, 29 de abril de 2024
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IBOVESPA HOJE - Balanços de 3R (RRRP3) e CSN (CSNA3); debate sobre meta fiscal; e Powell nos EUA

Confira os fatores que influenciam o principal índice acionário da Bolsa nesta quarta-feira (6)

06 março 2024 - 18h18Por Redação SpaceMoney
B3B3 - Crédito: Paulo Whitaker, para a agência Reuters

Nesta quarta-feira (6), a temporada de balanços do quarto trimestre prossegue e duas gigantes do Ibovespa como 3R Petroleum (RRRP3) e CSN (CSNA3) revelarão os seus resultados. Dexco (DXCO3), Taesa (TAEE11), CSN Mineração (CMIN3), Grupo Mateus (GMAT3) e outras também informarão seus números.

Na agenda de indicadores econômicos desta terça-feira:

  • - o Banco Central (BC) apresentou um balanço sobre o setor externo em janeiro às 8:30;
  • - meia hora depois, às 9:00, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a produção industrial de janeiro;
  • - às 14:30 o BC informa o IC-Br de fevereiro, que mede a movimentação das commodities no Brasil;
  • - por fim, às 15:00 sai o balanço comercial de fevereiro pela Secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Nesta quarta-feira (6), o Ibovespa encerrou em alta de 0,55%, aos 128.804 pontos. 

 

Balança comercial registra superávit de US$ 5,447 bilhões em fevereiro

Produção industrial recua 1,6% em janeiro; o que esperar para 2024?

Powell reforça mensagem sobre início do ciclo de corte de juros e mercado aposta em junho

 

ATUALIZAÇÕES:

  • 13:00: Ibovespa: +0,45%, aos 128.678,50 pontos.
  • 12:13: Ibovespa: +0,78%, aos 129.097 pontos. 

 

Maiores altas e baixas do índice 

Ação Variação   Ação Variação
GPA (PCAR3) +6,38%   Casas Bahia (BHIA3) -13,31%
Carrefour (CRFB3) +3,96%   PetroReconcavo (RECV3) -6,91%
RD (RADL3) +2,96%   JBS (JBSS3) -4,98%
Hypera (HYPE3) +2,48%   Eztec (EZTC3) -4,91%

Por volta de 12:16

 

  • 10:10: Ibovespa: +0,43%, aos 128.643,11 pontos.
  • 10:02: Ibovespa: +0,06%, aos 128.179,76 pontos.
  • 9:30: Ibovespa Futuro: +0,43%, aos 130.240 pontos.
  • 9:02: Ibovespa Futuro: +0,45%, aos 130.275 pontos.

 

 

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa hoje:

 

Preocupações com a inflação

Durante palestra em evento promovido pela APCE (André Perfeito Consultoria), o diretor do BC ressaltou os receios com a inflação de serviços, mas disse não ter segurança de onde exatamente vem a pressão.

“Não é possível ainda ver link entre mercado de trabalho e pressão nos serviços”, disse, destacando que o BC precisa de tempo para “desvendar vários mistérios” da inflação de serviços elevada, que é um fenômeno global.

Sobre a Selic, afirmou que faltam informações para “tatear qual será a taxa terminal” e que, mais importante do que o forward guidance do Copom (que prevê pelo menos mais dois corte de 0,5pp), são os indicadores econômicos.

“Se eventualmente vier a acontecer alguma mudança na orientação da política monetária, não significará necessariamente relação com uma taxa terminal de juros”, disse, na declaração que pode levantar especulações.

É a segunda vez em quatro dias que Galípolo se refere ao forward guidance, qualificado por ele na última 6ªF de “esporte de altíssimo risco”. O mercado pode achar que o Copom vai tirar o plural da sinalização de corte da Selic.

Quanto ao quadro fiscal, disse que é razoável supor déficit de 0,8% do PIB. “Está no preço.”

 

Dilema da Perse

Pressionado pelo lobby do setor de eventos no Congresso, Fernando Haddad (Fazenda) saiu ontem de uma reunião com Arthur Lira e lideranças da Câmara dizendo que a equipe econômica aceita voltar atrás na ideia de acabar com o Perse.

Segundo o ministro da Fazenda, uma versão mais restrita do programa de socorro ao setor de eventos será enviada ao Congresso na semana que vem em projeto de lei com urgência constitucional (prazo de 45 dias para ser apreciado).

Assim, o PL deve ser votado em abril, dentro da vigência da MP 1.202, que vai até maio.

Haddad afirmou, porém, que a MP (que atualmente revoga o Perse, reonera as prefeituras e limita compensações tributárias) será mantida.

 

Meta fiscal

A manutenção é estratégica para a equipe econômica poder contabilizar o aumento da receita previsto com o fim do Perse (R$ 13 bi) no relatório bimestral de avaliação do Orçamento, a ser enviado ao Congresso no próximo dia 22.

O relatório definirá quanto será necessário bloquear de despesas para o cumprimento da meta fiscal de zerar o déficit das contas públicas em 2024 e toda e qualquer receita computada ajuda a reduzir o contingenciamento.

Em entendimento com o governo, o relator da LOA, deputado Luiz Carlos Motta (PL), afirmou que o Parlamento vai aguardar pelo menos até o dia 22 para apreciar o veto do presidente Luiz Inacio Lula da Silva sobre os R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão.

Com a manutenção do veto até a data do relatório bimestral, o contingenciamento nas contas pode ser limitado.

Dois dias atrás, a ministra Simone Tebet antecipou que o bloqueio deve ser “muito menor” do que o esperado, diante das surpresas positivas da arrecadação federal em janeiro e também em fevereiro (ainda não divulgada).

Ainda Campos Neto (BC) vem expressando menor percepção de risco fiscal, confiando que o governo tem condições de entregar um déficit primário menor do que a projeção do mercado, de 0,7% a 0,8% do PIB.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

No exterior...

EUA

Na agenda americana, os destaques do dia são: o volume de vagas de trabalho geradas em fevereiro, divulgado às 10:15 pelo Relatório Nacional de Emprego (ADP). Às 12:00, Jerome Powell apresenta na Câmara o relatório semestral da política monetária. Já às 16:00 sai o Livro Bege pelo banco central americano, Fed

 

Expectativa para a fala de Powell

O relatório semestral da política monetária americana já foi publicado no site do Fed na última sexta-feira (8), o que leva a crer que está, em grande parte, absorvido pelo mercado. Mas ninguém vai perder Powell, na esperança de que diga alguma novidade.

De acordo com o relatório a ser apresentado ao Congresso americano, o Fed considera que os juros estão no pico do ciclo de aperto, mas que ainda não parece apropriado cortar as taxas antes de ter maior confiança na desinflação.

O recado combina com as apostas majoritárias no mercado de que o início do relaxamento deve ficar para junho.

Segundo o documento, houve perda significativa de ritmo da inflação contra 2023, mas os preços permanecem acima do objetivo central do Fed (2%) e o mercado de trabalho americano continua relativamente apertado.

A taxa de desemprego segue perto de níveis historicamente baixos, com as vagas ainda elevadas. O Fed considera ainda que o PIB tem se mantido em patamar forte, apoiado por aumentos sólidos nos gastos dos consumidores.

O relatório aponta que os riscos geopolíticos (guerra da Rússia contra a Ucrânia e potencial expansão do conflito entre Israel e o Hamas) são capazes de ampliar pressões inflacionárias ou renovar o estresse do sistema financeiro.

Mas que, no geral, o setor bancário permanece sólido e resiliente, após a turbulência aguda de um ano atrás.

Se Powell não fugir ao script do documento antecipado, o mercado tem tudo para manter a precificação de que o Fed está sem pressa de derrubar o juro e pode esperar até o final do segundo trimestre, antes de cantar vitória sobre a inflação.

As informações são do Bom Dia Mercado.

 

Ásia

China - O mercado continua esperando pelo anúncio de estímulos no Congresso do Povo na China, mas já com medo de que a meta de crescimento de 5% este ano seja dura de ser batida. 

 

Europa

Zona do Euro - As vendas no varejo da zona do euro subiram 0,1% em janeiro ante dezembro, segundo dados publicados nesta quarta-feira (6), pela agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat.

O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet.

Na comparação anual, as vendas do setor varejista do bloco sofreram contração de 1% em janeiro. Neste caso, o consenso da FactSet era de queda de 0,8%. A Eurostat também revisou as vendas de dezembro, para recuo mensal de 0,6% e declínio anual de 0,5%.