Além da Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc), outra empresa do Oriente Médio tem demonstrado interesse na Braskem (BRKM5), segundo apuração do Pipeline do Valor Econômico. Trata-se da petroquímica Saudi Basic Industries Corp (Sabic), que faz parte do grupo Saudi Aramco.
O interesse do grupo saudita seria, a princípio, por uma oferta solo pela Braskem, segundo fontes do veículo, e não de forma consorciada com a Adnoc neste momento.
A Sabic já tinha surgido entre interessadas na petroquímica brasileira há dois anos, mas desengajou - e agora estaria voltando a olhar o ativo. Se quiser avançar sozinha, a Sabic terá que apressar o passo, já que a Adnoc já está fazendo due diligence na Braskem. Ou terá que tentar um coinvestimento.
Um dos maiores grupos petroquímicos do mundo, a Sabic opera no país uma fábrica em Campinas, interior de São Paulo, onde produz resinas compostas e chapas de policarbonato.
A Adnoc enviou, em novembro, uma proposta pela compra da participação de 38,3% da Novonor na Braskem por R$ 10,5 bilhões. Pela proposta, a Novonor ainda ficaria com 3% da Braskem. A Petrobras, que detém 36,1% da Braskem , precisa concordar com o negócio.
O presidente da Petrobras, Jean Paul esteve reunido com diversas autoridades árabes na semana passada, em visita ao Oriente Médio - incluindo a Adnoc.
Prates afirmou nesta terça-feira, em declaração feita no Centro de Pesquisa da Petrobras, que a estatal petroquímica do Kuwait, a PIC, também teria perguntado sobre a Braskem - mas sem proposta.
A estatal brasileira está aguardando o fim do processo de negociação da Novonor com a Adnoc para decidir sobre seu direito de preferência.
As informações são do Pipeline do Valor Econômico.