
O BMG (BMGB4) registrou um prejuízo líquido de R$ 14 milhões no segundo trimestre deste ano, uma reversão ao lucro líquido de R$ 52 milhões no mesmo período de 2022 e o primeiro resultado negativo desde o seu IPO.
Os principais pontos para o resultado fraco da instituição, de acordo com a Genial Investimentos, foram:
- – receita de juros impactada negativamente pela desaceleração da carteira de crédito, marcação a mercado da carteira de cartão consignado por conta da redução do cap de taxa bancária, e aumento do custo de captação (funding);
- – provisão para perdas de crédito (PDD) em patamares elevados;
- – elevação nas despesas com comissão na comparação trimestral;
- – elevação significativa de outras despesas operacionais.
Analistas declararam estar mais cautelosos com o banco, principalmente após esse prejuízo. Os juros em queda podem aliviar gradualmente o custo de funding do banco nos próximos trimestres.
Por enquanto, a Genial Investimentos reitera a recomendação de manter os papéis, com preço-alvo de R$ 2,50.
Apesar das ações negociarem a apenas 0,4x P/VP 2023E, não veem gatilhos para valorização no curto e médio prazos. A empresa negocia a 11,3x P/L 2023E, bem acima de alguns incumbentes que desempenham melhor e mais consistentes.