Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Apesar do cenário parecer nebuloso no curto prazo, empreender no Brasil ficou mais fácil com o uso de tecnologias disruptivas e o maior acesso que as pequenas empresas têm a meios de financiamento no mercado, disseram executivos da Stone (NASDAQ:STNE), Méliuz (SA:CASH3) e Mobly (SA:MBLY3), três companhias brasileiras que abriram capital recentemente, em evento da Genial Investimentos.
Augusto Lins, presidente da Stone, fintech de meios de pagamento com capital aberto na Nasdaq, em Nova York, apontou que a crise gerada pela pandemia de Covid-19 fez com que muitos brasileiros procurassem o empreendedorismo como “solução de sobrevivência” em meio ao aumento do desemprego.
Para ele, além da situação emergencial, a queda do custo de capital, com a taxa Selic chegando a 2%, e o fomento do Banco Central de uma legislação atualizada, fomentaram a competitividade, com abertura “colossal” de startups.
Israel Salmen, fundador e CEO da Méliuz, plataforma de cashback, aponta que esse foi um termômetro importante dos últimos meses para medir o apetite do país ao ecossistema de tecnologia, o principal segmento no qual novas empresas têm surgido.
“O número de startups e de aceleradoras de venture capital mostra que existia uma lacuna muito grande a ser preenchida no Brasil. É um movimento positivo porque a troca entre esses empreendedores é muito intensa”, aponta.
Para Marcelo Marques, co-fundador e CFO da Mobly, plataforma online de móveis, a falta de opções de investimento foi o que levou muitos brasileiros a desistirem de bons negócios no início da década passada, por não terem opção de onde tirar dinheiro para fomentar a ideia.
Agora, aponta, a modernização do mercado de capitais ajudou a apontar que há geração de valor para os investidores que apostam em uma ideia principiante, o que ajudou a profissionalizar mais rapidamente pequenos projetos no país.