O Santander (SANB11) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 2,72 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O valor representa um crescimento de 18,2% em relação ao segundo trimestre de 2023.
No acumulado do ano, os ganhos líquidos somam R$ 7,178 bilhões - uma retração de 36% na base de comparação anual (R$ 11,2 bilhões).
O banco informou que o terceiro trimestre foi marcado por uma evolução nos indicadores de qualidade da carteira e, consequentemente, foi alcançado o menor nível de custo do crédito desde março de 2022.
Para José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, os resultados ficaram levemente acima das expectativas do mercado.
"Já era esperado uma retração na lucratividade na comparação com o ano passado, diante do contexto mais desafiador vivido. Neste trimestre, começamos a ver a inadimplência arrefecer, ficando em 3% (acima de 90 dias), o que é positivo", afirma.
Daronco pontuou ainda que o pico de inadimplência pode ter ficado para trás, de modo que ela deverá retornar aos patamares históricos nos próximos trimestres, ainda que de maneira gradual.
"A Carteira de crédito do banco cresceu de maneira tímida, principalmente pelo menor apetite a risco do banco. Em nossa visão, à medida que o banco consiga estabilizar os índices de inadimplência, trazendo-os para a média histórica, ele deve voltar a crescer a carteira de crédito", completa.