sexta, 26 de abril de 2024
Instabilidade?

Pix pode sofrer apagão com greve dos servidores do Banco Central

Sindicato explica que o Pix não integra lista de serviços essenciais que devem ser mantidos mesmo com a greve; BC diz que tem plano de contingência

01 abril 2022 - 16h24Por Redação Spacemoney

Os servidores do Banco Central (BC) iniciam nesta sexta-feira (1) a greve por tempo indeterminado. Eles cobram reajuste e reestruturação da carreira e a expectativa do sindicato da categoria é de adesão entre 60% e 70%. Agora, a expectativa é se a paralisação causará impacto sobre o funcionamento do Pix, do site Valores a Receber e de outros serviços. O sindicato sinaliza que é possível.

Desde 17 de março, os servidores vinham fazendo a chama operação-tartaruga. As paralisações diárias de 14h às 18h foram feitas até quinta-feira. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil (Sinal), Fabio Faiad, a partir do primeiro dia de greve, será respeitada a lei de serviços essenciais, como fornecimento de extrato da conta, compensação de cheques, saques em guichês.

A resolução que garante a manutenção destes serviços não inclui o Pix nem o site Valores a Receber (valoresareceber.bcb.gov.br). Por isso, "podem sofrer paralisações parciais e até totais", diz em nota o sindicato.

A divulgação das notas econômico-financeiras (setor externo, crédito e fiscal) estavam previstas para esta semana, mas foram adiadas e ainda não foi divulgada nova data de publicação. Não há garantias por parte dos grevistas de que os dados continuarão sendo divulgados.

Banco Central

Por conta da mobilização que busca reajuste salarial não só para os policiais federais - conforme sinalizado pelo governo federal em fevereiro - mas também para o BC e a reestruturação de carreira de analistas e técnicos do BC, o Banco Central informou que "tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros".

Em nota, a autoridade monetária diz que "reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas e que confia no compromisso dos servidores com a Instituição e com a sociedade".