O presidente da Petrobras (PETR3) (PETR4) Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (18), que “em princípio”, a guerra entre Israel e Hamas não deve afetar mais o preço do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis.
Foi dito, no entanto, que se o conflito se alastrar pelo Oriente Médio e envolver países produtores de petróleo, pode acontecer uma ‘tempestade perfeita’. As informações são do Valor Econômico.
A fala de Prates foi feita a imprensa, após reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), que foi marcado para que Alckmin pudesse conhecer o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham al-Ghais, que agora visita o Brasil.
Também foi comentado por Prates que, além de questões humanitárias, o envolvimento de países como Egito e Irã na guerra seria especialmente ruim para o Brasil, que já se encontra com um preço “alto” para combustíveis.
"[O preço do petróleo] já está afetado [pela guerra], né. Piorar mais [o conflito] é a tempestade perfeita porque a gente [Brasil] já está com preço alto. Teve a reoneração [dos combustíveis] no Brasil, no caso do governo Bolsonaro, que usou a medida mais simplista, que foi o corte de imposto. Isso acabou levando para esse governo mais uma carga [tributária]. A gente já está administrando a crise anterior e agora essa. O preço subiu [mais] com esse espasmo da questão de Israel. Isso deu-se durante dois ou três dias, depois voltou à estrutura de antes, mas ainda é estrutura de preço alto", afirmou.
Prates explica que "não há indícios" de que a guerra se alastre, apesar de demonstrar preocupação com a possibilidade.