domingo, 05 de maio de 2024
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Payroll: dados de agosto são insuficientes para antever decisão do Fed, diz analista

Estados Unidos registraram a criação de 187.000 novas vagas no mês

01 setembro 2023 - 16h06Por Redação SpaceMoney
Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americanoFederal Reserve (Fed), o banco central norte-americano - Crédito: Kevin Lamarque, para a agência Reuters

A taxa de desemprego nos Estados Unidos cresceu de 3,5% a 3,8% na passagem de julho para agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1), pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho.

A pequena elevação está sendo interpretada pelos mercados como mais um sinal de esfriamento da economia e as apostas vão na direção de que os juros serão mantidos na reunião de setembro do FOMC (sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto), colegiado do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.

De forma semelhante, a geração de 187.000 novas vagas de trabalho, mesmo acima das projeções de analistas, reforçou as percepções de que a atividade está rodando em menor ritmo. 

No entanto, para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, ainda é cedo para fazer leituras conclusivas dos dados da semana.

“Se o gradual desaquecimento fica cada vez mais evidente, é verdade também que a atividade ainda está robusta. A taxa de desemprego está abaixo de 4% desde janeiro de 2022, o que mostra um mercado de trabalho bastante forte”, comenta.

Em conjunto com os outros dados da semana (PIB e gastos do consumidor), o índice parece ter reduzido as dúvidas sobre se as taxas de juros voltarão a subir ou não até ao final do ano.

As cotações do dólar e as variações nas bolsas e títulos públicos confirmam essa leitura, na avaliação do executivo.

Ele afirma que os sinais de que a atividade está finalmente respondendo ao aperto na política monetária têm sido celebrados e os movimentos nos mercados estão se ajustando nessa direção.

“O enfraquecimento da economia, que em outros contextos seriam recebidos como más notícias, tornou-se algo positivo na esperança de que os juros possam parar de crescer e eventualmente possam voltar a cair novamente mais cedo”, acrescenta.

O economista diz entender as posições majoritárias dos analistas, “mas tenho insistido que ainda acredito que a decisão do FOMC em setembro ainda não está dada”, conclui.

As informações são da TM Comunicações.