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Mirae traça cenários para o Ibovespa em 2021; veja empresas que podem se beneficiar

30 dezembro 2020 - 14h49Por Investing.com

Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com - A Mirae Asset divulgou, nesta quarta-feira (30), suas perspectivas para 2021, e traçou três possíveis cenários para o Ibovespa. No geral, a corretora segue otimista com a recuperação econômica em 2021, mas ressalta que há riscos de novas ondas e de demora na imunização da população.

Um fator que traz otimismo para a Mirae é a possibilidade de tratados comerciais por diferentes países com a entrada de Joe Biden no governo dos EUA.

No caso do Brasil, a corretora ressalta que o cenário positivo depende da retomada das reformas, já sinalizada pelo governo, além das privatizações. Como principais riscos para a economia do país, a Mirae aponta um descontrole da inflação que pode fazer com que a Selic seja elevada, afetando as contas públicas.

No entanto, a expectativa é que a taxa de juros siga baixa, o que irá manter o fluxo de investidores para a bolsa de valores. Nesse cenário, a Mirae aposta na alta das bolsas de valores e do Ibovespa.

O primeiro cenário para o Ibovespa apontado pela Mirae é um em que as reformas avançam, são adotadas medidas para reduzir o estado e aquecer a economia; os resultados das empresas se elevam e as ações se valorizam. Nesse cenário, a corretora espera que a bolsa atinja 150 mil pontos, que novas ofertas, IPOs e follow-ons atinjam até R$ 120 bilhões, e que o volume de ofertas e emissões de títulos cresça.

No segundo cenário, mais pessimista, não há avanço rápido das reformas, o que pode gerar indecisão dos agentes do mercado e um menor nível de investimento. Nesse caso, a aposta da Mirae é de 139 mil pontos para o Ibovespa.

Finalmente, a corretora aponta um possível terceiro cenário, em que as formas não avançam e os juros retomam alta. Além disso, a ampla vacinação para Covid-19 não ocorre e o mundo vê novas ondas de infecção. Nesse cenário, a expectativa é de Ibovespa a menos de 100 mil pontos.

Segundo a Mirae, os setores e empresas que mais devem se beneficiar da possível consolidação deste cenário em 2021 são açúcar, etanol e combustíveis, com São Martinho (SA:SMTO3), Cosan (SA:CSAN3), Ultrapar (SA:UGPA3) e BR Distribuidora (SA:BRDT3); bancos, com Bradesco (SA:BBDC4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Banco Inter (SA:BIDI11); varejo, com Via Varejo (SA:VVAR3), Magazine Luiza (SA:MGLU3) e Guararapes (SA:GUAR3); construção e shoppings, com Cyrela (SA:CYRE3), MRV (SA:MRVE3), Iguatemi (SA:IGTA3) e JHSF (SA:JHSF3); financeiro e serviços, com B3 (SA:B3SA3) e BB Seguridade (SA:BBSE3); transportes, com Rumo (SA:RAIL3), Santos Brasil (SA:STBP3), Localiza (SA:RENT3) e Movida (SA:MOVI3); alimentos, com BRF (SA:BRFS3) e JBS (SA:JBSS3); bens de capital, com Weg (SA:WEGE3), Romi (SA:ROMI3), Randon (SA:RAPT3) e Iochpe Maxion (SA:MYPK3); concessões rodoviárias, com CCR (SA:CCRO3) e Ecorodovias (SA:ECOR3); energia elétrica e saneamento, com AES Tietê (SA:TIET11), Transmissão Paulista (SA:TRPL4), Engie (SA:EGIE3), Cemig (SA:CMIG3), Copel (SA:CPLE6), Sanepar (SA:SAPR11) e Sabesp (SA:SBSP3); e mineração e siderurgia, com Vale (SA:VALE3), Bradespar (SA:BRAP4), Gerdau (SA:GGBR4) e Usiminas (SA:USIM5).