Por Isabel Versiani, da Reuters - O mercado financeiro reduziu mais uma vez suas estimativas para o déficit primário das contas públicas para este ano e o próximo, em meio à expectativa de maior arrecadação, e previu um endividamento ligeiramente menor do governo federal, de acordo com o relatório Prisma Fiscal de outubro divulgado nesta quinta-feira (14).
A mediana das projeções aponta agora para um déficit primário de R$ 129 bilhões em 2021, ante rombo de R$ 135,1 bilhões previsto no relatório de setembro. Para o ano que vem, a estimativa de déficit passou a R$ 83,1 bilhões, ante R$ 90,0 bilhões estimados anteriormente.
Economistas e instituições de pesquisa consultadas elevaram as projeções para a receita líquida do governo central tanto para 2021 quanto 2022, a R$ 1,508 trilhão e R$ 1,591 trilhão, respectivamente. As projeções anteriores eram de R$ 1,489 trilhão para este ano e de R$ 1,580 trilhão para o próximo.
Com a perspectiva de um déficit primário menor, a projeção para a dívida bruta recuou a 81,39% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 81,69% anteriormente, e para 82,80% em 2022, contra estimativa anterior de 83,0%.