quinta, 25 de abril de 2024
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Mediante imprevisibilidade da inflação em 2021, especialista orienta diversificar investimentos

O mercado financeiro global se pergunta quando estímulos às economias por causa da pandemia vão gerar inflação, que tanto preocupa investidores

18 maio 2021 - 12h12Por Redação SpaceMoney

A pandemia de Covid-19 pressionou o Brasil e outros governos ao redor do mundo a apoiarem suas economias, com injeção de recursos e redução de juros. O mercado financeiro global agora se pergunta quando esses estímulos vão gerar inflação.

Autoridades econômicas já reveem a política monetária, como fez o Banco Central em março ao subir a taxa Selic. Trata-se de um cenário imprevisível que preocupa investidores

Fábio Figueiredo Filho, assessor de investimentos da Messem, recomenda a diversificação de investimentos para se proteger. 

"O ideal é procurar quais são as opções de renda fixa, pós-fixadas e ativos indexados à inflação. Lembrando que, pelo relatório FOCUS, a expectativa para 2021 é acima de 5,10%. Cabe ressalvar também que o ambiente externo voltou a ficar favorável para economias emergentes. Isso se deve a expectativa de crescimento das economias desenvolvidas, juros baixos e liquidez abundante, sem esquecer dos preços das commodities que continuam em alta", pondera.

Segundo Figueiredo Filho, apesar de ter desacelerado em abril (0,31%), em março, a inflação IPCA ficou em 0,93%. Portanto, precauções devem ser tomadas para proteger os investimentos durante esse período.

No mês de abril, o real apreciou 3,5% frente ao dólar, encerrou o mês acima de cinco reais, desempenho superior ao dos pares emergentes. Para o especialista, a resolução do orçamento público de 2021, mesmo que de modo parcial, a discussão de uma agenda mínima econômica e fluxo de entrada de divisas proporcionaram apreciação da moeda nacional.

"Existe uma previsão de que até o fim deste ano, a taxa de câmbio feche em R$ 5,30. Entretanto, entendemos que em pouco tempo o real possa ficar mais apreciado do que esse valor. A projeção é de que em 2022 o dólar fique na casa dos R$ 5,10", estima.

Após o aumento da Selic, a economia brasileira tem se mostrado resiliente em meio a um quadro difícil de pandemia e, à redução dos auxílios do governo, prova disto foi o índice IBC-BR publicado em maio, pelo BC, da qual o mercado esperava uma queda de 3,75% de março em relação a fevereiro, entretanto, ficou em 1,60%, com atividade positiva no primeiro trimestre de 2021 em 2,30%.

"Apesar da má alocação das despesas discricionárias, as fontes de riscos que pesaram no primeiro semestre aliviaram a partir de abril. Acredito que o ponto central hoje deveria ser a vacinação, quanto mais cedo ocorrer mais rápido a economia recupera e, gera sentimento positivo quanto a questão fiscal do país", acrescentou Figueiredo Filho.

Com informações de Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação (RV&A).