sexta, 26 de abril de 2024
Dia Internacional da Mulher

Marisa (AMAR3), BMG (BMGB4) e outras: veja que empresas têm mais mulheres em cargos de liderança

Veja levantamento realizado pela TEVA Índices, consultoria do mercado financeiro especializada em matemática aplicada à análise de investimentos

08 março 2022 - 14h28Por Redação SpaceMoney

A Lojas Marisa (AMAR3) desponta como a empresa melhor posicionada em representatividade feminina em cargos de liderança dentre as empresas listadas em Bolsa.

Segundo o levantamento da TEVA Índices, consultoria do mercado financeiro especializada em matemática aplicada à análise de investimentos, a companhia têm três mulheres entre seus quadros de conselheiros (dentre comitês e diretorias) e seis cargos ocupados por representantes femininas no conselho de administração.

Veja abaixo as cinco melhores empresas apontadas pelo estudo e confira aqui a lista completa:

Posição Empresa Nº de Conselheiras Cargos no Conselho %
1 Lojas Marisa (AMAR3) 3 6 50%
2 Banco BMG (BMGB4) 4 9 44,4%
3 TIM (TIMS3) 2 5 40%
4 Vivara (VIVA3) 2 5 40%
5 Guararapes Confecções (GUAR3) 2 5 40%

Fonte: TEVA Índices

Além disso, a TEVA Índices também formulou uma pontuação para avaliar os esforços de igualdade de gêneros nas empresas.

A metodologia básica é avaliar a presença feminina em todos os órgãos de governança das empresas, que somam quase 8 mil cargos segundo o estudo.

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Veja abaixo as dez companhias brasileiras melhores colocadas, em dados atualizados em janeiro de 2022:

Empresa Score
Banco Santander (SANB11) 44,6
Vivara (VIVA3) 40,2
Enjoei (ENJU3) 35,3
MPM Corpóreos (Espaço Laser, ESPA3) 33,6
Banco BMG (BMGB4) 33,3
M. Dias Branco (MDIA3) 32,1
Oncoclínicias do Brasil (ONCO3) 31,2
Pague Menos (PGMN3) 30,6
CVC (CVCB3) 30,5
TIM (TIMS3) 30,4

Fonte: TEVA Índices

Cenário geral

58% das empresas brasileiras não possuem nenhuma mulher em cargos de liderança. Ao observar os dados detalhados por órgãos, os Conselhos Fiscais são os que possuem maior ausência de mulheres (65,5%), seguidos pelos Comitês de Auditoria (62,6%) e Diretorias (58,9%).

Quando considerados apenas os conselhos de administração, embora avanços importantes tenham sido dados (em 2016, 64,2% das empresas brasileiras não tinha nenhuma mulher no Conselho, enquanto em 2021 esse percentual recuou para 38,5%), existe ainda um grande espaço para melhoria adiante (de acordo com a MSCI, globalmente² esse mesmo percentual chega a 14,2%).

Giovanna Beneducci e Marcela Ungaretti, analista e head de research da XP, respectivamente, destacam ainda que a forma como essa evolução aconteceu poderia ter sido melhor, já que a maior melhora vista pela TEVA Índices foi puxada pelas empresas que passaram de não ter nenhuma mulher no Conselho, para ter uma.

“No exterior, costuma-se observar a métrica de ao menos duas mulheres no conselho. Hoje, 26,4% das empresas brasileiras têm duas ou mais mulheres“, compara a pesquisa.

Neste sentido, Beneducci e Ungaretti reforçam a visão por um necessário esforço contínuo para o aumento da representatividade nas corporações brasileiras, inclusive nas que já possuem mulheres na liderança, uma vez que somente 1,5% delas têm mais de três mulheres no conselho.

Com informações de XP.