O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fecgou o pregão desta segunda-feira (23) em alta. No encerramento dos negócios, o índice registrou ganhos de 1,71%, aos 110.345 pontos.
"Me parece que o mercado sobiu hoje devido ao vazio de notícias negativas. S&P caiu por sete semanas seguidas, então é natural que exista um respiro e alívio da pressão vendedora que vinha tomando conta dos mercados. Hoje, tivemos fala de Biden dizendo que defenderia Taiwan caso a China viesse a invadir o país. Isso soa como um atenuante de fatores de risco para o mercado", avalia Leandro Petrokas, Diretor de Research e sócio da Quantzed, empresa de tecnologia e educação para investidores.
Por outro lado, o fato de o Banco Central Europeu ter assumido que precisa subir juros e tirar dinheiro da economia para conter inflação também foi bem visto pelo mercado, pois mostra interesse em confrontar e resolver o problema da inflação, disse.
Altas
No Ibovespa, a maior alta do dia ficou com IRB Brasil (IRBR3) que disparou 8,85%, cotada a R$ 2,83. Em seguida, ficou BRF (BRFS3), com ganhos de 4,94%, a R$ 21.98.
Entre as altas, destaque ainda para Azul (AZUL4), com alta de 4,17%; Banco do Brasil (BBAS3), ganhos de 4,05%; e Petrobras (PETR4), que também avançou 4,05%.
"Hoje é o último dia de recebimento de dividendos do BB e isso ajudou o papel a subir. Mineração e siderurgia seguiram o bom humor iniciado, principalmente, na semana passada por conta da redução da taxa de juros da China. Entre as maiores altas, IRB, além de BRF, que já havia apanhado muito por conta dos resultados e agora se recupera", pontua Petrokas.
Na outra ponta, a maior queda foi Banco Inter (BIDI11), que recuou 4,83%, seguido de perto por Qualicorp (QUAL3), que perdeu 4,71%.
CVC (CVCB3), Locaweb (LWSA3) e Eneva (ENEV3) também foram destaques negativos e caíram 2,89%, 2,74% e 2,49%, respectivamente.