sexta, 26 de abril de 2024
FIIs

Inflação e guerra: como fundos imobiliários podem proteger sua carteira

Com cenário de estagflação em discussão, fundos imobiliários são boa alternativa de proteção, diz XP

17 março 2022 - 15h36Por Redação Spacemoney
 - Crédito: Wylkon Cardoso via Unsplash

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, diversos mercados estão sofrendo reações intensas. Efeitos diretos nos custos de produção e nos preços de commodities geram impactos na inflação, porque são refletidos em aspectos como alimentação, transporte e produção industrial. Esse choque chega em um momento em que a economia global já está fragilizada.

Diante disso, no âmbito econômico, o cenário de estagflação tem sido amplamente discutido. O momento é marcado por estagnação econômica acompanhada por pressão inflacionária.

Desta forma, segundo Maria Fernanda Violatti, analista de Fundos Imobiliários e Fundos Listados da XP Investimentos, os ativos reais são uma forma de se proteger e, inclusive, buscar ganhos acima da inflação.

A preferência se dá em commodities, metais preciosos, imóveis e fundos imobiliários, diz.

"Os ativos reais são aqueles que possuem valor intrínseco, ou seja, são, de alguma forma, passíveis de utilização na economia real (diferente dos ativos financeiros). Justamente por ter esse valor real, o preço desses ativos tende a acompanhar a inflação de forma direta, configurando, portanto, uma boa proteção", detalha a analista.

Em períodos inflacionários anteriores, os ativos reais, como infraestrutura e imóveis demonstraram desempenho superior a outras classes de ativos. Isso ocorre devido a vários fatores. No caso dos aluguéis, eles estão diretamente ligados à inflação.

"Os contratos de aluguel dos imóveis, seja de escritórios, ativos logísticos, varejo, shoppings ou outros, tendem a capturar o lado positivo da inflação, mesmos aqueles de longo prazo, já que são corrigidos anualmente. Por isso, esses ativos podem ser considerados como forma de proteção, já que à medida que os preços aumentam, a renda advinda deles também aumenta", explica Maria Fernanda.

A analista afirma que, atualmente, diversos fundos imobiliários de tijolos (portfólios compostos por imóveis) estão sendo negociados em patamares que considerados baixos.

"Portanto, recomendamos esses FIIs para investidores orientados ao longo prazo e que busquem maximizar seus retornos através de estratégias de ganho de capital e ganho de renda. Acreditamos que os patamares atuais possibilitam aumentar a exposição nessa classe, dentro do indicado para o seu perfil de risco".