sexta, 29 de março de 2024
Principal índice brasileiro

Ibovespa segue onda azul democrata do exterior, que impulsiona bancos

06 janeiro 2021 - 14h03Por Investing.com

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - O índice Ibovespa conseguiu apagar a queda do início do pregão e seguia a virada no exterior, com investidores ajustando posições diante da provável onda azul, de liderança democrata, que deve dominar a política americana por pelo menos dois anos.

O principal índice brasileiro subia 0,94%, a 120.943 pontos, perto das 13h35, seguindo a alta dos índices americanos Dow Jones, Nasdaq e S&P 500, que subiam 1,68%, 0,41% e 1,7%, respectivamente.

Segundo contagens extraoficiais divulgadas pela imprensa americana, a segunda cadeira da Geórgia no Senado dos EUA deve também ser ocupada por um democrata, o jornalista Jon Ossoff, o que garantiria ao partido de Joe Biden a liderança de ambas as casas do Congresso. Mais cedo, a agência de notícias Associated Press apontou a vitória de Raphael Warnock, contra a republicana Kelly Loeffler.

Os bancos lideravam o avanço dos índices tanto aqui como no exterior, com expectativas de que um governo democrata no legislativo e no executivo facilitem a aprovação de novos pacotes de auxílio emergencial contra os efeitos da pandemia, injetando liquidez nos mercados. Por aqui, Bradesco (SA:BBDC4), Santander Brasil (SA:SANB11) e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) figuravam entre as maiores altas, seguindo o embalo.

Por outro lado, o risco com maior regulação de grandes empresas de tecnologia com um controle democrata derrubava os papéis da Amazon (NASDAQ:AMZN), Facebook e Apple (NASDAQ:AAPL), levando o índice Nasdaq e contaminando varejistas online brasileiras como Magazine Luiza (SA:MGLU3) e Via Varejo (SA:VVAR3).

De volta à ponta positiva, papéis ligados a commodities, como Petrobras (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE3), e ao crescimento cíclico global, como Gerdau (SA:GGBR4) e CSN (SA:CSNA3), também subiam.

Já o real configurava nas maiores perdas entre moedas emergentes frente ao dólar com receios sobre as falas do presidente Jair Bolsonaro em relação à saúde econômica do país e à compra de vacinas e seringas.