terça, 23 de abril de 2024
Covid-19

Ibovespa reverte alta após Pazuello afirmar demora de 60 dias para aprovar vacina

08 dezembro 2020 - 15h28Por Investing.com

Por Leandro Manzoni, da Investing.com - Depois de uma manhã e início de tarde em alta, com máxima acima dos 114 mil pontos, o Ibovespa reverteu e atingiu a mínima abaixo dos 113 mil pontos na tarde desta terça-feira. A reversão vem após declaração do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que a Anvisa vai demorar 60 dias para aprovar qualquer vacina contra coronavírus.

A fala de Pazuello contrasta com os planos do governador de São Paulo, João Doria Jr., de iniciar a imunização de profissionais da saúde e população acima de 60 anos a partir de 25 de janeiro com o imunizante Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac.

Por volta das 15h21, o Ibovespa recuava 0,24% a 113.317 pontos, se recuperando da mínima de 112.820 pontos. A máxima durante a manhã foi de 114.381 pontos. A fala do ministro também mexeu com o dólar, que passou de queda abaixo de R$ 5,10 para uma alta de 0,28% a R$ 5,1135.

Pazuello se manifestou após reunião com governadores sobre vacinas contra coronavírus. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), criticou Doria, enquanto Wellington Dias (PT), do Piauí, disse que chega ao país 8,5 milhões de doses da vacina da Pfizer e que o Ministério da Saúde negocia a aquisição de outras 70 milhões de doses.

Na véspera, o governador de São Paulo anunciou  a campanha de vacinação contra o coronavírus no estado. O objetivo é imunizar 9 milhões de pessoas na primeira etapa.

O governador de São Paulo também havia anunciado que quatro milhões de doses da Coronavac serão disponibilizadas aos estados que solicitarem a vacina para iniciar a imunização dos profissionais de saúde.

Nenhuma vacina contra coronavírus foi aprovada pela Anvisa. A imunização dos brasileiros contra o coronavírus está no centro da disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Doria, com o Palácio do Planalto sinalizando desconfiança com a vacina chinesa Coronavac. Vale ressaltar que o governo federal fez parceria via FioCruz com a vacina da AstraZeneca e Oxford.

O Reino Unido iniciou, nesta terça-feira, ma vacinação em massa de sua população, parte de uma ofensiva global que representa um dos maiores desafios logísticos dos tempos de paz.

Profissionais de saúde começaram a inocular os mais vulneráveis com a vacina desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, e o país será um estudo de caso para o mundo ao lidar com a distribuição de um composto que precisa ser armazenado a 70 graus Celsius negativos.

*Com informações de Reuters