sexta, 19 de abril de 2024
Ministro da Economia

Guedes: Brasil será "maior fronteira" de investimentos com privatizações em 2021

16 dezembro 2020 - 16h25Por Investing.com
O ministro da economia, Paulo GuedesO ministro da economia, Paulo Guedes - Crédito: Pedro França/Agência Senado

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - O Brasil será a “maior fronteira” de investimentos do mundo em 2021 com as privatizações “vindo com força” e os impulsos em investimentos com medidas como o Marco do Saneamento, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira (16).

Ele citou, durante o lançamento do relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Brasil, que o país está comprometido com a sustentabilidade fiscal, o crescimento da produtividade e políticas de qualificação e educação frente a mudanças no mercado de trabalho.

Segundo Guedes, o cenário fiscal brasileiro se tornou “desafiador” neste ano por conta da pandemia, com o lançamento de medidas para conter o impacto do vírus. “Foi gerado um aumento de 8,5% do déficit primário, um custo elevado, mas necessário”, disse.

“Protegemos 33 milhões de empregos graças a eficácia do benefício emergencial às empresas, além do auxílio-emergencial, que estamos fazendo um ‘phasing out’, tirando gradualmente da economia ao final de dezembro. Ano que vem, voltamos aos programas sociais existentes”.

OCDE sobre o Brasil

O relatório sobre o Brasil cita, dentre os pontos principais que necessitam de atenção no próximo ano, a reação fiscal à pandemia, que agravou o quadro fiscal já desafiador. “Espera-se um acréscimo de 20% na relação dívida/PIB, que ficará ligeiramente acima de 100% em 2026”, ressaltou o secretário-geral da organização, José Ángel Gurría.

O documento também aponta para a necessidade de melhorias na regulação do setor privado, “que prejudica a concorrência e pesa no empreendorismo”, segundo Gurría.

Além disso, a OCDE aconselha que o Brasil mire em uma maior integração com a economia global e que use a grande biodiversidade do país, em especial da Amazônia, para remodelar a economia global de forma mais sustentável.