Gol - Crédito: Gol/DivulgaçãoAnalistas ainda avaliam o acordo, anunciado na quarta-feira (11), pela Gol (GOLL4) e Avianca. Mas, a princípio, a criação do grupo Abra é vista como positiva.
O negócio ainda está sujeito à aprovação regulatória e deve ser concluído no segundo semestre deste ano, mas o BTG Pactual vê o acordo como positivo para a Gol. Entre os pontos destacados estão:
- o acesso a uma malha aérea mais abrangente e complementar (com baixa sobreposição), com acesso aos hubs internacionais da Avianca Colômbia;
- potencializa o programa de fidelidade da Gol, com acesso ao programa de fidelidade da Avianca (LifeMiles);
- amplia as operações de transporte de carga dentro do grupo
"A maior vantagem econômica do negócio vem da conectividade internacional aprimorada do grupo. Ao combinar as principais LCCs (empresas aéreas de baixo custo) da Colômbia e do Brasil, garantem acesso a mercados não atendidos por suas malhas aéreas, o que significa ganhos de escala e eficiência", avalia relatório do BTG.
Segundo o banco, isso é positivo em um cenário pós-pandemia, onde os preços mais altos dos combustíveis e a inflação de custos prejudicam o setor aéreo. Assim, a nova estrutura alavancará a capacidade das empresas de competir com operadoras tradicionais na América Latina, tornando seu modelo de negócios mais competitivo.
Além disso, o BTG destaca que o negócio combinará o programa de fidelidade da Gol (Smiles) com a Avianca (LifeMiles) e as operações de transporte de carga das duas empresas.
A criação da Abra corrobora a recomendação de Compra que o BTG tem para a Gol, que deve se beneficiar do melhor momento da indústria no curto prazo, com a retomada constante do tráfego corporativo, menor preço do petróleo e pressões cambiais; menos casos de Covid e rendimentos mais fortes, refletindo o repasse de custos. O preço-alvo é R$ 31.
As ações da Gol abriram o pregão desta quinta com queda de 0,54%, a R$ 12,87.